
Salsinha e cebolinha têm área de plantio ampliada no Paraná
Boletim de Conjuntura Agropecuária mostra que os dois temperos naturais aumentaram em até 63,5% a extensão de plantio em dez anos


Dois dos temperos naturais mais utilizados em saladas, a cebolinha e a salsinha tiveram evolução grande em área em dez anos no Paraná. A primeira subiu de 525 hectares para 749 hectares, enquanto a salsinha avançou 63,5%, passando de 453 hectares em 2014 para 741 hectares em 2023.
O desempenho dessas culturas está disponível no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 17 a 23 de janeiro. O documento é do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Ele também fala sobre cultivo de pera, evolução da colheita do milho, e produção e exportação de carne bovina e suína.
O Paraná é o quarto maior produtor da dupla cebolinha/salsinha no Brasil, ranking liderado por São Paulo. Em 2023 os dois temperos estavam plantados em pouco menos de 1,5 mil hectares em solo paranaense. Ademais, responderam cada um deles por 1,1% dos R$ 7,2 bilhões de Valor Bruto da Produção (VBP) referente às 54 espécies da olericultura desenvolvida no Estado.
A retirada foi de 10,3 mil toneladas de cebolinha, que tiveram um VBP de R$ 75,5 milhões. A salsinha forneceu as mesmas 10,3 mil toneladas, com valor um pouco superior, alcançando R$ 77,7 milhões. Mais da metade da produção das duas culturas saíram do Núcleo Regional de Curitiba, com destaque para São José dos Pinhais e Mandirituba.
O aumento ocorreu ao longo dos dez anos analisados, mas nesse período houve momentos em que o produtor ficou ainda mais satisfeito. Para a salsinha, o ano de 2016 rendeu R$ 171,2 milhões, enquanto os produtores de cebolinha se beneficiaram com R$ 117,1 milhões em 2020.
Salsinha e cebolinha
Esses dois temperos naturais não são bons apenas para os produtores comerciais. “Com uma potência econômica oculta e um pouco deslocados da visão nas gôndolas de varejo e meio perdidos na lista de compras. Os maços podem ser cultivados em vasos acima da pia de casa, nas áreas e sacadas ou, melhor ainda, em uma pequena horta”. Orienta o engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade.
Pera
O cultivo da pera ocorre em pouco mais de 1 mil hectares no Brasil, constituindo-se na 22ª fruta em volumes colhidos em 2023 (15,7 mil toneladas). O Paraná é o terceiro maior produtor, com 1,6 mil toneladas retiradas de 110 hectares naquele mesmo ano. Ela rendeu VBP de R$ 5,8 milhões.
Mais da metade da produção se concentra na Região Metropolitana de Curitiba, principalmente no município de Araucária. Em início de colheita, a pera comum alcançou preço médio de R$ 90,00 a caixa de 20 quilos na Ceasa/PR durante esta semana. A variedade yari, que é mais macia, saiu por R$ 140,00.
Milho
As lavouras de milho da primeira safra começaram a ser colhidas no Paraná, indicando boa produtividade. Enquanto isso, os trabalhos de plantio da segunda ganham força, à medida que avança a colheita da soja e as chuvas cooperam.
Estima-se que para este segundo ciclo já estejam semeados 3% da área de 2,56 milhões de hectares previstos. Há possibilidade de a produção alcançar 15,5 milhões de toneladas na segunda safra. Os dados de dezembro serão atualizados na próxima quinta-feira (30).
Suínos
O boletim do Deral destaca ainda que o Paraná exportou 183,6 mil toneladas de carne suína em 2024. Foram 15,6 mil toneladas (9,3%) superior à exportação de 2023, constituindo-se no melhor desempenho desde a série iniciada em 1997.
O principal destino foi Hong Kong, com 35,6 mil toneladas, ainda que tenha se registrado queda de 28% em comparação ao ano anterior. Ao todo, a carne suína paranaense foi enviada para 82 países.
Bovinos
O documento registra também que o foco da pecuária bovina paranaense é o melhoramento genético e nutricional para superar a pequena produção. Nos três primeiros trimestres do ano passado foram 278 mil toneladas de carne produzidas, o que colocou o Estado na 9ª colocação do Brasil.