
Guia prático para conservar alimentos na geladeira e evitar desperdício
Não planejar a compra e descartar parte deles gera desperdício, mas métodos simples ajudam a conservar os alimentos e reduzir perdas


O hábito de comprar alimentos em excesso, não planejar o uso e acabar descartando parte deles é um desafio comum da vida moderna. Além de contribuir para o desperdício, provoca um sentimento de frustração pelo dinheiro jogado fora. Contudo, é possível reverter essa situação adotando métodos simples de armazenamento, aproveitamento e congelamento, que ajudam a conservar os alimentos por mais tempo e reduzir perdas.
Cuidados iniciais para conservar alimentos
Evitar colocar alimentos quentes na geladeira é essencial. O choque térmico em alimentos crus pode causar rachaduras nas cascas, facilitando a ação de micro-organismos. Assim também, no caso de alimentos preparados, o vapor quente interfere na refrigeração e como resultado prejudica a conservação dos itens próximos. Dessa forma, o ideal é esperar que eles atinjam a temperatura ambiente antes de refrigerá-los.
Outro ponto importante é utilizar sacos plásticos virgens e transparentes para armazenar alimentos. Sacos coloridos de supermercados ou feiras não são indicados devido ao acúmulo de bactérias e micro-organismos, resultado do manuseio constante.

Como preservar frutas, verduras e folhas
Frutas armazenadas na geladeira podem ter o processo de degradação acelerado por açúcares remanescentes de sua extração natural. Contudo, passar um pano úmido em cada fruta antes de refrigerá-las ajuda a prevenir esse problema, mas sem lavá-las, para não retirar a cera natural protetora. A lavagem deve ser feita apenas no momento do consumo. Confira aqui como higienizar de maneira correta.
No caso de verduras e folhas, é importante secá-las bem antes de armazenar. A presença de água, mesmo em pequenas quantidades, pode causar queimaduras pelo frio. Após secar as folhas com papel toalha, é recomendável embalá-las também em papel toalha seco antes de guardá-las em sacos plásticos ou, do mesmo modo, em potes transparentes.
Maçãs e peras merecem atenção especial. Essas frutas emitem gás etileno, que acelera o amarelamento de folhas verdes. Mantê-las separadas ou armazená-las em sacos herméticos evita esse efeito.

Laticínios e frios
Queijos, frios e laticínios devem ser transferidos para potes plásticos ou de vidro com tampa ao chegarem em casa. Afinal, o plástico filme usado para embalar esses itens em supermercados não oferece proteção suficiente e pode permitir contaminação.
Reaproveitamento de alimentos próximos do vencimento
Legumes que estão quase estragando, como cenoura, chuchu e beterraba, podem ser transformados em receitas, como por exemplo, em sopas ou refogados. Essa é uma maneira prática de evitar desperdícios e ainda garantir refeições futuras, congelando a sopa em porções individuais.
Outra opção para conservar alimentos é o branqueamento de legumes, como cenoura e vagem. O processo consiste em, primeiramente, fervê-los por alguns minutos e pouco depois, resfriá-los em água gelada. Em seguida eles devem ser amazenados no congelador. Essa técnica prolonga a vida útil dos alimentos por até seis meses.
Conservar alimentos maduros
Tomates maduros, por exemplo, que já não possuem textura ideal para saladas, podem ser transformados em molho. Após descascar e triturar os tomates, o líquido deve ser levado ao fogo até ferver e depois armazenado em potes individuais no congelador.

Frutas delicadas, como morango e cereja, podem virar polpas para sucos e vitaminas. Já frutas mais resistentes, como maçãs muito maduras, são ótimas para compotas.

Congelamento de carnes e sobras de refeições
Carnes cruas devem ser congeladas logo após a compra. Caso já estejam há dias na geladeira, é melhor cozinhá-las antes do congelamento. Após o preparo, é recomendável dividi-las em porções individuais, pois alimentos congelados e aquecidos não devem ser recongelados.
Sobras de refeições também podem ser congeladas, desde que sejam separadas em porções individuais. Assim, evita-se o desperdício e preserva-se a qualidade dos alimentos.
Com essas práticas, é possível economizar, reduzir o desperdício e garantir que os alimentos sejam aproveitados ao máximo, promovendo um consumo mais consciente e sustentável.
