Carlos Da Cruz Publisher do OBemdito

Moradores do Sonho Meu ganham na Justiça direito de reembolso por problemas nas casas

Defensoria Pública da União cobrou Prefeitura, Caixa e construtora responsável por estragos nas casas do bairro.

Foto: Danilo Martins / Obemdito
Moradores do Sonho Meu ganham na Justiça direito de reembolso por problemas nas casas
Carlos Da Cruz - OBemdito
Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 11h29 - Modificado em 12 de fevereiro de 2025 às 17h04

A Defensoria Pública da União (DPU) conquistou na Justiça o direito de reembolso para os moradores do Conjunto Habitacional Sonho Meu, em Umuarama, que construíram muro de arrimo ou sistema de drenagem em suas residências.

O caso começou em 2016. Na época, somente as casas da primeira etapa de construção haviam sido entregues e, segundo a DPU, já apresentavam vícios de construção, como rachaduras, infiltrações e problemas de escoamento da água da chuva. As casas da segunda etapa ainda não tinham sido finalizadas.

A DPU, então, entrou com uma ação judicial coletiva para que a entrega das residências restantes fosse feita o mais rápido possível e para que os responsáveis pela obra no Sonho Meu construíssem os muros de arrimo e o sistema de drenagem, solucionando o problema da água.

Na ação, a DPU indicou que as famílias que já tivessem realizado as obras por conta própria fossem reembolsadas pelo valor investido nas moradias.

Vitória na Justiça

A 2ª Vara Federal de Umuarama acatou parcialmente os pedidos da DPU e determinou que a Construtora Cantareira, com sede em Maringá, a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura de Umuarama construíssem as estruturas que faltavam no Sonho Meu. O pedido de indenização por danos morais coletivos foi rejeitado pela Justiça.

As partes envolvidas recorreram à Justiça Federal da 4ª Região, que manteve a decisão da Vara de Umuarama. Não cabe mais recurso ao caso.

Sonho Meu Muro De Arrimo
Moradores que construíram muro de arrimo por conta própria podem pedir reembolso

DPU convoca moradores do Sonho Meu

Todos os moradores do Conjunto Sonho Meu (1 e 2) que construíram muro de arrimo ou sistema de drenagem podem ter direito ao reembolso. Por isso, a DPU convoca os moradores que fizeram as benfeitorias a comparecerem à sede do órgão.

É preciso levar os seguintes documentos:

• Documentos pessoais de toda a família;

• Comprovantes de renda de toda a família;

• Comprovante de residência;

• Documentos do imóvel (contrato, escritura etc.);

• Dados bancários completos;

• Comprovantes de pagamento das obras realizadas (para quem construiu o muro ou a drenagem).
A DPU atende pessoas cuja renda familiar (soma de todos os rendimentos da casa) não ultrapasse R$ 2 mil mensais.

A DPU fica na Rua José Teixeira d’Ávila, nº 3758, Zona 1, Umuarama. O atendimento é de segunda a sexta, das 12h às 18h.

O que dizem os envolvidos?

A Prefeitura de Umuarama informou a OBemdito que tomou conhecimento da decisão judicial na semana passada, e que agora analisa a situação para definir qual o melhor ocaminho, a fim de atender a população.

A Construtora Cantareira ainda não se posicionou.

Atualização

A Caixa Econômica Federal respondeu ao questionamento do Obemdito por volta das 17h desta quarta (12). O banco informou que não se manifesta sobre decisões judiciais.

Veja a nota na íntegra:

A CAIXA informa que o Conjunto Habitacional Sonho Meu, localizado em Umuarama /PR, foi contratado no âmbito do Programa Minha Casa Minha, junto à Cantareira Construções e Empreendimento Imobiliários Ltda, responsável pela obra e entrega das unidades habitacionais aos beneficiários, o que ocorreu em duas etapas, a primeira em 2014 e a última em 2017.

O Banco não se manifesta sobre decisões judiciais em processos nos quais é parte.

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