Agência Brasil Publisher do OBemdito

Cineasta Cacá Diegues morre aos 84 anos no Rio; ele havia passado por uma cirurgia

A informação foi confirmada pela ABL

Foto: Cacá Diegues/Instagram
Cineasta Cacá Diegues morre aos 84 anos no Rio; ele havia passado por uma cirurgia
Agência Brasil - OBemdito
Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 12h53 - Modificado em 14 de fevereiro de 2025 às 12h53

O cineasta Cacá Diegues, um dos principais nomes do Cinema Novo, morreu nesta sexta-feira (14), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL). A causa da morte foram complicações decorrentes de uma cirurgia.

Carlos José Fontes Diegues nasceu em 19 de maio de 1940, em Maceió (AL), e mudou-se para o Rio de Janeiro ainda na infância. Durante a juventude, ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde começou sua trajetória no cinema ao fundar um cineclube. Esse espaço tornou-se um dos berços do Cinema Novo, movimento influenciado pelo neorrealismo italiano e pela Nouvelle Vague francesa, com forte teor social e político.

Carreira e contribuição para o cinema

Entre suas primeiras obras estão Ganga Zumba (1964), A Grande Cidade (1966) e Os Herdeiros (1969). Devido à perseguição política durante a ditadura militar, exilou-se na Europa até seu retorno na década de 1970. Nesse período, dirigiu filmes icônicos como Quando o Carnaval Chegar (1972), Joanna Francesa (1973) e Xica da Silva (1976), que consolidaram sua carreira.

Nos anos 1990, com a retomada do cinema nacional, lançou Tieta do Agreste (1996) e Orfeu (1999). Seu último filme, O Grande Circo Místico (2018), representou o Brasil no Festival de Cannes.

Reconhecimento e legado do Cineasta Cacá Diegues

Ao longo da carreira, Cacá Diegues recebeu prêmios em festivais nacionais e internacionais. Em 2018, foi eleito para a ABL, ocupando a cadeira de Nelson Pereira dos Santos. A instituição lamentou sua perda e prestou solidariedade à esposa, Renata Almeida Magalhães, e aos filhos.

Sua obra combinou popularidade e profundidade artística, abordando temas sociais com sensibilidade. Mesmo durante o exílio, permaneceu ativo no debate sobre cinema e política, deixando um legado inestimável para a cultura brasileira.

Participe do nosso grupo no WhatsApp e receba as notícias do OBemdito em primeira mão.

Mais lidas