Crise no gospel: Irmãos Valadão em guerra, cantor que agora é Ella, palavrões e ameaças

Responsável por atrair milhões de pessoas e movimentar cifras gigantescas, o mercado de músicas religiosas também acumula polêmicas em grande escala. Brigas pela administração de igrejas, supostos calotes em contratos e até palavrões são alguns dos elementos que evidenciam uma crise no gospel.

Os fiéis se veem no fogo cruzado das acusações e postagens em redes sociais, gerando dúvidas sobre se o que seguem realmente vem dos céus. A polêmica mais recente causou grande repercussão, levando um dos envolvidos a cogitar abandonar a carreira artística.

Palavrões e Raiva

Até mesmo os mensageiros da palavra podem perder o controle. No caso do cantor gospel Anderson Barony, a situação foi além: chegou ao nível de ameaças.

Recentemente, áudios de uma discussão entre o cantor e um empresário vazaram. Neles, Anderson aparece furioso e chega a insinuar violência. “Eu quero que você abra a boca mais uma vez pra falar de mim, pra você ver se não vai ser furado todinho”, disse ele. Além disso, o cantor usou palavrões ao conversar com o empresário, atitudes inesperadas para alguém que prega a palavra de Deus.

Anderson se defendeu nas redes sociais, afirmando que a discussão ocorreu devido ao descumprimento de compromissos contratuais por parte do empresário. Ele também alegou ter sido ameaçado, mas disse que não pretende tomar nenhuma medida legal. Por fim, revelou que pensa em deixar o mercado gospel devido aos julgamentos.

Disputa na Igreja Lagoinha acentua crise no gospel

Berço da família Valadão, a Igreja Lagoinha se tornou palco de disputas internas entre os irmãos Ana Paula, Mariana e André Valadão. O trio, que no passado formava a banda Diante do Trono, hoje nem mesmo compartilha a liderança da igreja.

Atualmente, André é o presidente da Lagoinha, que possui mais de 700 unidades espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Recentemente, ele gerou polêmica ao comentar sobre a existência de uma área VIP na sede da igreja em Orlando (EUA).

A repercussão foi negativa, mas André justificou a medida alegando que muitas figuras públicas frequentam a igreja e precisam de um espaço reservado para evitar assédio durante os cultos.

Esse foi apenas o episódio mais recente da crise no gospel. André e suas irmãs também disputam na Justiça o direito de uso da marca “Lagoinha”. A Lagoinha Global, sob responsabilidade de André, processou a Lagoinha Niterói, liderada por Felippe Valadão, cunhado dele.

A igreja de Niterói até mudou de nome para “Novos Começos”, mas o conflito familiar continua, contrastando com o ambiente de generosidade e perdão que marcou a criação dos irmãos.

Agora é Ella

Revelado no programa Raul Gil, o cantor Jotta fez sucesso na música gospel. Tornou-se uma revelação que repercutiu na fé de milhares de cristãos. O Brasil viu Jotta crescer como pessoa e como profissional de talento incontestável.

Mas ele não se mostrava feliz nas redes sociais. Não foram poucas as vezes em que se viu mergulhado em polêmicas, seja pelo uso de bebida alcoólica ou por comentários inadequados para o meio em que se ambientava.

Eis que o artista fez uma revelação que surpreendeu o universo evangélico e fãs, ao anunciar a transição de gênero, passando a se chamar Ella. Ela se reinventou em um novo estilo musical e tenta conquistar novos fãs. Os do mundo gospel ficaram para trás.

Crise no gospel chegou ao Kemuel

Dona de um dos maiores sucessos do gospel nacional, a banda Kemuel hoje se resume a apenas dois integrantes: David e Eliane Marx. Isso porque ex-membros do grupo denunciaram casos de abusos psicológicos e financeiros, outra marcante crise no gospel.

Priscila Olly (atualmente conhecida como Priscilla Padilha) desabafou nas redes sociais sobre a falta de transparência financeira dentro da banda. Segundo ela, os integrantes não tinham acesso às informações sobre os valores pagos pelos shows e tampouco sabiam o lucro obtido com streamings em plataformas como YouTube.

A denúncia de Priscila veio após outro ex-integrante, Ludi Moreira, revelar que chegou a receber apenas R$ 300 depois de oito dias de apresentações no Rio de Janeiro. Enquanto isso, via o líder da banda, David Marx, trocando de carro. Ludi também afirmou ter sofrido abusos psicológicos, pois precisava estar sempre disponível e manter a voz impecável.

David Marx se defendeu das acusações, afirmando que não deixará que as polêmicas impeçam o trabalho do grupo, pois considera a banda uma bênção de Deus.

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