
Reprovação de Lula em pesquisa Datafolha bate recorde e acende alerta no governo
Brasília – A reprovação de Lula subiu. Pesquisa do Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) revelou a acentuada queda entre os […]


Brasília – A reprovação de Lula subiu. Pesquisa do Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) revelou a acentuada queda entre os que veem o presidente no caminho certo. Apenas 24% dos entrevistados apoiam o governo petista.
Este número representa o pior índice de sua trajetória presidencial, sobreposto ao cenário já crítico registrado durante a crise do mensalão em 2005. Paralelamente, a reprovação atingiu 41%, indicando um agravamento no índice de aceitação do governo.
Realizado com 2.007 eleitores em 113 cidades nos dias 10 e 11 de fevereiro, o levantamento expõe um cenário mais sombrio comparado ao levantamento passado de dezembro, onde a aprovação era de 35%.
A transição entre esses números destaca o aumento na reprovação de Lula, ainda ecoando ações e polêmicas do governo recente.
Crise do Pix e repercussões
Um dos catalisadores desta queda abrupta foi a “crise do Pix”, resultante da tentativa do governo de monitorar transações superiores a R$ 5.000. A forte reação da oposição, que apresentou a medida como um potencial controle indevido, culminou na sua rápida revogação.
Esta crise não só tensionou as discussões econômicas, como também influenciou na percepção pública em um contexto de inflação alimentar crescente. Medidas e declarações impopulares da equipe do governo sobre comportamento de consumo pioraram a situação, enfurecendo diferentes segmentos da população.
Desafios para conter a reprovação de Lula
Neste turbilhão, Sidônio Palmeira substituiu Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação (Secom), buscando revitalizar a estratégia comunicacional do governo. Contudo, os efeitos dessa alteração ainda não transpareceram nas pesquisas.
Membros do executivo reconhecem que os problemas enfrentados se estendem muito além da comunicação. Com a inflação dos alimentos e a estagnação econômica permanecendo como questões críticas, até os aliados mais próximos de Lula admitem que ajustes nos slogans políticos não são suficientes.
A propagação de incertezas sobre decisões governamentais e falta de um plano econômico coeso acentuam a desconexão entre o que o governo oferece e o que o eleitorado espera.
Lula vai conseguir reagir?
Em Brasília, a pesquisa foi encarada por aliados de Lula como uma “bomba atômica”, requerendo respostas ágeis e substanciais do Planalto para estancar as perdas de apoio popular.
Os defensores mencionam que ainda há tempo para uma reviravolta, porém, este intervalo está cada vez mais escasso. O governo busca não só linguagens de apaziguamento, mas também ações reais que possam agregar positividade à imagem em declínio de Lula.
O enfrentamento imediato aos desafios será fundamental não apenas para estancar críticas mas para recuperar a credibilidade antes vivenciada. Embora a conjuntura seja dura, especialistas e aliados auguram a capacidade de resolução do governo como chave neste instancial momento da trajetória política de Lula.
Frente à complexidade desenhada pela pesquisa do Datafolha, Lula e sua equipe governamental estão longe de passarem pelo seu julgamento popular mais rigoroso.
Surgem agora desafios profundos a serem abordados, destacando a importância de planos econômicos eficazes e decisões claras que possam, ao longo deste caminho tortuoso, trazer estabilidade e confiança de volta ao cenário político brasileiro.
(Com InfoMoney)