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Pai do bebê que morreu afogado receberá indenização de R$ 500 mil

Decisão transitou em julgado e não cabe mais recurso. Entenda a situação.

Miguel, bebê que morreu afogado enquanto o pai era preso injustamente por roubo (REPRODUÇÃO: TV ANHANGUERA)
Pai do bebê que morreu afogado receberá indenização de R$ 500 mil
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 07h27 - Modificado em 17 de fevereiro de 2025 às 07h28

GOIÂNIA (GO) – Jonas Pereira Gualberto, pai do bebê que morreu afogado em 2020, receberá uma indenização de R$ 500 mil do Governo de Goiás. A decisão da Justiça em segunda instância, divulgada recentemente, reconhece a responsabilidade do estado no incidente que tirou a vida de Miguel Tyler Pereira Gualberto, então com 1 ano.

Tragédia e Indenização

O caso remonta a julho de 2020, quando Jonas Gualberto foi detido em casa, acusado erroneamente de roubo. Durante a prisão, Miguel, um dos três filhos de Jonas, se afogou na piscina da residência em Planaltina de Goiás, enquanto a mãe das crianças estava ausente.

Jonas Gualberto expressou que, mesmo a indenização sendo insuficiente para apagar a dor da perda, ela proporcionará melhores condições de vida para os filhos que ainda vivem.

A Justiça determinou o pagamento da indenização por danos morais após concluir que a morte do bebê foi consequência de falhas na atuação do Estado.

Em nota, a Procuradoria Geral do Estado de Goiás informou que está ciente da decisão judicial e adotará as medidas cabíveis para garantir a execução da sentença.

Pai De Miguel
Jonas Pereira Gualberto, que foi preso injustamente (TV ANHANGUERA)

Reviravolta nas Investigações sobre bebê que morreu afogado

Inicialmente considerado um trágico acidente, o caso do bebê que morreu afogado tomou novos rumos quando a Polícia Civil identificou que a morte de Miguel foi, na verdade, um assassinato. As investigações apontaram um primo da vítima, de 26 anos, como responsável pela morte do pequenino por vingança, após uma briga familiar.

De acordo com o delegado Humberto Soares, a criança possuía limitações motoras que a impediriam de cair sozinha na piscina, concluindo que o primo colocou Miguel em perigo deliberadamente.

O jovem, que respondia o processo em liberdade após um pedido de prisão preventiva ser negado pela Justiça, apresentou versões contraditórias do ocorrido. Ainda assim, as investigações destacaram evidências que confirmam sua presença na residência durante o incidente.

A conclusão do inquérito causou profunda indignação e tristeza entre familiares e a comunidade. Enquanto Jonas aguarda a indenização, reforça seu desejo de que os responsáveis enfrentem a Justiça.

“Nada trará Miguel de volta, mas esperamos que essas ações evitem que outras famílias sofram como a nossa”, disse Jonas Gualberto à TV Anhanguera.

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