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Bolsonaro rebate denúncia da PGR e nega envolvimento em tentativa de golpe

Defesa do ex-presidente fala em "narrativa fantasiosa"

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Bolsonaro rebate denúncia da PGR e nega envolvimento em tentativa de golpe
Luiz Fernando - OBemdito
Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 09h08 - Modificado em 19 de fevereiro de 2025 às 09h08

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta terça-feira (18) contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), classificando-a como “estarrecedora e indignante”. Segundo os advogados, a peça acusatória não apresenta provas que vinculem Bolsonaro a qualquer plano de ruptura democrática.

A PGR acusa Bolsonaro de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito. Há também acusação por golpe de Estado, dano qualificado contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa. Em suma, as penas podem chegar a 43 anos de prisão, além de um possível prolongamento da inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Defesa critica falta de provas

Em nota, os advogados afirmam que, após dois anos de investigações e buscas em seus telefones, nenhuma mensagem comprova a participação do ex-presidente. Além disso, a acusação, segundo a defesa, se baseia exclusivamente na delação premiada de Mauro Cid, que teria mudado sua versão diversas vezes.

“A PGR chega ao cúmulo de atribuir a Bolsonaro envolvimento em planos contraditórios entre si, sem qualquer elemento concreto que o conecte às alegações”, diz a nota. Ademais, os advogados reforçam que Bolsonaro confia na Justiça e acreditam que a denúncia não passará.

Bolsonaro minimiza acusações

Mais cedo, durante uma visita ao Senado, Bolsonaro disse estar tranquilo em relação à denúncia. “Não tenho nenhuma preocupação quanto às acusações, zero”, afirmou a jornalistas. Ele questionou a existência da chamada “minuta do golpe” e as provas contra ele, afirmando que não teve acesso às delações.

Além do ex-presidente, outras 33 pessoas receberam denúncias. Nesse sentido, estão incluídos ex-ministros como Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, além de 23 militares das Forças Armadas. No momento, seis dos acusados estão presos preventivamente, incluindo Braga Netto.

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