Rodrigo Mello Publisher do OBemdito

Polícia Civil investiga desvio de R$ 850 mil das contas da prefeitura de Cidade Gaúcha

O dinheiro foi desviado para cinco contas bancárias durante um apagão do sistema contábil do município

Foto: Google Street View/OBemdito
Polícia Civil investiga desvio de R$ 850 mil das contas da prefeitura de Cidade Gaúcha
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 7 de março de 2025 às 11h25 - Modificado em 7 de março de 2025 às 17h26

A Polícia Civil de Cidade Gaúcha investiga o desaparecimento de R$ 850 mil das contas da prefeitura. O desvio ocorreu por meio de cinco transferências bancárias realizadas após um apagão no sistema contábil do município. A situação veio à tona em 7 de fevereiro, após funcionários registrarem boletim de ocorrência.

De acordo com o delegado Douglas Miller Morais, a denúncia foi feita por servidores municipais, que notaram movimentações suspeitas após falha no sistema. “Quando determinada funcionária estaria mexendo, houve um apagão, e o banco constatou algumas transferências e avisou a prefeitura. A princípio, a polícia já instaurou inquérito para apurar o caso”, explicou.

Investigação em Cidade Gaúcha

A investigação já recolheu o HD do sistema que gerencia as contas do município. O equipamento foi enviado para perícia. Segundo o delegado, há indícios de que o crime tenha sido operado por pessoas de fora da cidade.

“Paralelamente, já temos os extratos das contas bancárias para as quais o dinheiro foi desviado. Foram feitas representações para captar dados cadastrais e possível bloqueio destas contas, porque possivelmente são contas laranjas”, detalhou Morais.

Próximos passos

Após dar início às investigações, agora a Polícia Civil aguarda informações do Banco Central para rastrear o destino final do dinheiro. “Vamos fazer o trajeto dos valores para ver para onde foram. Inicialmente são cinco contas bancárias, que podem ser desmembradas em outras mais”, acrescentou.

A tipificação do crime depende da perícia, podendo se tratar de furto, estelionato ou invasão de dispositivo eletrônico. As penas podem ultrapassar dez anos de prisão. As investigações não têm prazo para serem finalizadas devido à complexidade do caso.

A reportagem de OBemdito tentou contato, pelo menos, cinco vezes nesta manhã de sexta-feira (7) com o prefeito Alexandre Lucena e o procurador do município, mas não obteve retorno das ligações até o fechamento desta matéria.

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