Rodrigo Mello Publisher do OBemdito

Polícia investiga caso de criança que colou partes íntimas para não ser abusada pelo pai

O suspeito também teria abusado de outra criança de 4 anos, além de duas adolescentes

Foto: Reprodução/Internet
Polícia investiga caso de criança que colou partes íntimas para não ser abusada pelo pai
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 20 de março de 2025 às 16h50 - Modificado em 20 de março de 2025 às 16h50

A Polícia Civil de Pouso Alegre, em Minas Gerais, investiga um caso de violência que envolve duas crianças e duas adolescentes. Uma das crianças, de seis anos, foi à escola com os órgãos genitais colados. Ao ser questionada pelos professores, respondeu que havia feito isso para não abusada pelo próprio pai.

O suspeito é um homem de 41 anos, acusado de cometer abusos físicos, psicológicos e sexual contra suas enteadas, de 14 e 15 anos, e seus filhos biológicos, uma menina de 6 anos e um menino de 4 anos, que tem autismo. A mãe das vítimas também é investigada por omissão, já que, segundo as autoridades, ela sabia dos abusos e não denunciou os crimes.

A investigação, comandada pela delegada Renata Brizzi, revelou que os abusos ocorreram por, pelo menos, três anos. “Ela, a adolescente de 15 anos, relatou que todos os filhos sofreram agressões físicas e outros tipos de violência sexual”, informou Brizzi, durante entrevista coletiva.

O caso veio à tona quando a jovem, já trabalhando como babá, revelou os abusos à sua patroa, que, por sua vez, acionou o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Conselho Tutelar.

Após a denúncia, a Polícia Civil iniciou oficialmente a investigação em março de 2023. A prisão do suspeito ocorreu quase um ano depois. De acordo com as autoridades, os abusos começaram em São Luís, Maranhão, onde o homem já havia sido denunciado. Para escapar das investigações, o suspeito se mudou para Pouso Alegre, Minas Gerais.

A mãe das vítimas seguiu o homem, levando seus filhos menores, enquanto as enteadas ficaram no Maranhão até se reunirem com a família.

Em dezembro de 2023, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do suspeito e da mãe, mas apenas a prisão do homem foi autorizada pela Justiça. A decisão considerou que a mãe não participou diretamente das agressões, apesar de ser investigada por conivência.

Atualmente, as crianças estão sob a guarda de um abrigo público. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. A mãe das vítimas continua sendo monitorada, enquanto as crianças permanecem em segurança.

(OBemdito com informações Último Segundo)

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