Rudson de Souza Publisher do OBemdito

PF desarticula organização criminosa em operação no Paraná contra o tráfico de drogas

Grupo era responsável por transportar cocaína, crack e maconha do Paraguai e da Bolívia para o território brasileiro

A ação mobilizou cerca de 80 agentes e contou com o apoio do Comando de Aviação Operacional (CAOP) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) (Foto PF)
PF desarticula organização criminosa em operação no Paraná contra o tráfico de drogas
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 9 de abril de 2025 às 09h24 - Modificado em 9 de abril de 2025 às 09h26

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Antigua, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas. A ação mobilizou cerca de 80 agentes e contou com o apoio do Comando de Aviação Operacional (CAOP) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI).

O grupo, com atuação no Brasil e no exterior, era responsável por transportar cocaína, crack e maconha do Paraguai e da Bolívia para o território brasileiro, utilizando rotas estratégicas e esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro. A organização mantinha bases operacionais no Pará e em Cascavel (PR), onde armazenava e distribuía as drogas para outras regiões, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro.

Rotas e métodos do tráfico

Investigada desde julho de 2023, a organização usava veículos de luxo com compartimentos ocultos para transportar cocaína pela fronteira paraguaia. Em Cascavel (PR), a droga era fracionada antes de seguir para outros estados. Já no Pará, o carregamento entrava pelo rio Amazonas, vindo da Bolívia, e era redistribuído após ser processado em fazendas em Monte Claro (PA).

Durante as investigações, a PF realizou oito prisões relacionadas ao grupo – cinco por transporte de cocaína e três por crack e maconha. Dois integrantes, no entanto, estão foragidos na Alemanha. A Justiça Federal de Cascavel já solicitou sua inclusão na difusão vermelha da Interpol (Red Notice).

Propriedades e lavagem de dinheiro

O grupo adquiriu diversas fazendas no Pará, batizadas de “Fazenda Vera Cruz” e “Fazenda Vera Cruz III” – uma referência à Operação Vera Cruz, que desarticulou parte da organização em 2012. Esses imóveis eram usados para lavagem de dinheiro e possível movimentação de drogas.

A Justiça expediu 54 medidas cautelares, incluindo:

  • 12 mandados de prisão preventiva
  • 1 monitoração eletrônica
  • 20 buscas e apreensões
  • 21 bloqueios de bens (incluindo 8 fazendas em Monte Claro)

A PF segue em busca dos foragidos e investiga possíveis conexões internacionais do esquema.

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