Idoso suspeito de abusar de criança apanha de populares e gera tumulto em hospital no Paraná

Uma confusão generalizada foi registrada no Hospital Municipal de Itaperuçu, na noite desta quarta-feira (9), município localizado na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O tumulto teve início após a acusação de que um idoso, de 84 anos, teria cometido abuso sexual contra uma menina de 4 anos. Diante da denúncia, o pai da vítima reagiu de forma violenta e agrediu fisicamente o suposto autor do crime.

Contexto familiar da vítima

Segundo informações repassadas pelo delegado Gabriel Fontana, responsável pela investigação do caso, o acusado é casado com a comadre dos pais da menina abusada. Durante a tarde do mesmo dia, a mãe deixou a filha sob os cuidados da comadre.

Em um momento em que a menina ficou sozinha com o idoso, uma gravação em vídeo foi realizada. As imagens mostram o homem segurando a mão da criança e a colocando sobre seus órgãos genitais, além de também introduzir a própria mão entre as pernas da vítima. O material audiovisual foi entregue à polícia e integra as provas do inquérito.

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Reação dos familiares e briga no hospital

Posteriormente, ao terem acesso às imagens que indicavam o suposto abuso, os familiares da vítima decidiram confrontar o idoso. “Ele disse que acabou perdendo a cabeça e agrediu o suspeito. Por conta das lesões causadas, o idoso foi encaminhado ao hospital”, declarou o delegado Fontana, referindo-se à atitude do pai da menina.

Em decorrência dos ferimentos, o idoso foi levado para atendimento médico. No entanto, seus familiares, sem conhecimento prévio do motivo da agressão, também compareceram à unidade hospitalar e decidiram tirar satisfação com o agressor, o pai da vítima. Assim, uma nova briga foi iniciada, envolvendo o pai da menina, o suspeito e os parentes dele. O conflito foi registrado por testemunhas em vídeos que circulam nas redes sociais.

Providências policiais após o tumulto

Na sequência da confusão, a Polícia Civil encaminhou o idoso e o pai da vítima à delegacia para prestarem depoimento. Além deles, a mãe da menina e os policiais militares responsáveis pelo atendimento da ocorrência também foram ouvidos pelas autoridades.

De acordo com Fontana, o idoso foi autuado em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável e permanece à disposição da Justiça. Por outro lado, o pai da menina, apesar de ter cometido agressão, não foi detido. “Como não houve nenhuma representação por parte do idoso e é um crime condicionado à representação, não foi realizado flagrante dele. Todavia, o inquérito policial foi instaurado para apurar as lesões que foram causadas”, esclareceu o delegado.

Posicionamento da Prefeitura de Itaperuçu

Em nota oficial divulgada à imprensa, a Prefeitura de Itaperuçu comunicou que determinou a abertura de uma comissão interna para “apurar possíveis danos ao patrimônio público e condutas que possam configurar desacato aos profissionais da saúde”. A administração municipal reforçou ainda que não serão toleradas ações de violência e desrespeito, “especialmente em espaços destinados ao cuidado e à vida”.

Nota na íntegra:

“A Prefeitura de Itaperuçu, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que na noite de ontem, quarta-feira (09), por volta das 22h30, foi registrada uma ocorrência envolvendo agressão física nas dependências do Hospital Municipal de Itaperuçu.

O episódio teve início fora da unidade hospitalar, mas culminou em atos de violência já no interior do hospital, comprometendo a ordem e a segurança no local. A situação foi prontamente contida pela equipe de plantão, com o apoio das forças policiais.

Diante dos fatos, a Administração Municipal determinou a abertura de uma comissão interna para apurar possíveis danos ao patrimônio público e condutas que possam configurar desacato aos profissionais da saúde que atuavam no momento da ocorrência. Paralelamente, a Polícia Civil já está conduzindo investigação para esclarecer as circunstâncias que levaram às agressões e responsabilizar os envolvidos.

A Prefeitura reforça que atos de violência e desrespeito não serão tolerados, especialmente em espaços destinados ao cuidado e à vida. Todo e qualquer comportamento que coloque em risco a integridade de pacientes, servidores e do patrimônio público será rigorosamente apurado e punido conforme a legislação vigente.”

(OBemdito com informações Banda B)

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