
Criminosos filmam execução e dois suspeitos são presos em operação da PCPR
Vídeo registra execução brutal motivada por vingança; antes de morrer, a vítima implora perdão a Deus enquanto é agredida com extrema violência

Desde 2022, a Polícia Civil do Paraná investiga uma série de assassinatos com indícios de brutalidade e padrão de execução semelhantes. As mortes ocorreram principalmente nos bairros de Abranches, em Curitiba, e nas cidades de Colombo e Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana. Segundo os investigadores, ao menos 30 homicídios podem estar relacionados a uma quadrilha comandada por Kainan Wesley Batista Meira, apontado como líder do grupo.
As vítimas eram abordadas em diferentes circunstâncias e, em muitos casos, sequestradas. Em seguida, eram levadas para áreas remotas, como matas fechadas, onde sofriam tortura antes de serem executadas. As autoridades acreditam que o grupo agia sob a fachada de agentes da segurança pública, utilizando roupas e equipamentos semelhantes aos das forças policiais para enganar as vítimas e facilitar os crimes.
Relação com o tráfico e motivações de vingança
Com o avanço das investigações, a delegada Magda Hofstaetter afirmou que os assassinatos têm ligação com o tráfico de drogas. Além disso, há indícios de que a motivação dos crimes também envolva uma vingança pessoal de Meira. De acordo com a delegada, o pai do acusado foi assassinado há cerca de 20 anos, supostamente por homens disfarçados de policiais. Essa memória teria alimentado o desejo de retaliação e, possivelmente, influenciado o modo de operação do grupo criminoso.
Imagens revelam execução bárbara
Um vídeo divulgado pela Polícia Civil trouxe à tona cenas de extrema violência. Nas imagens, Meira aparece ao lado de outros dois homens em um matagal, onde assassinam brutalmente uma vítima ainda não identificada. A gravação mostra o momento em que a vítima, desesperada, implora por perdão enquanto é esfaqueada diversas vezes. Após o assassinato, Meira é ouvido zombando da vítima, num gesto que chocou até mesmo os investigadores.
Esse conteúdo audiovisual passou a ser peça central do inquérito, reforçando as suspeitas sobre a atuação da quadrilha e a forma cruel com que os crimes eram cometidos. As autoridades também buscam confirmar se há outras gravações em poder do grupo.
Operação mobiliza 80 policiais
Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Civil do Paraná deflagrou uma operação de grande porte em Curitiba, Colombo e Almirante Tamandaré. Com o objetivo de desmantelar o grupo liderado por Meira, cerca de 80 policiais participaram da ação. Ao todo, foram expedidos 14 mandados judiciais, entre mandados de prisão e de busca e apreensão.
Durante a operação, dois integrantes da quadrilha foram capturados. No entanto, apesar dos esforços das equipes, Meira conseguiu escapar e segue foragido. As buscas continuam, com reforço das unidades especializadas e intercâmbio de informações entre diferentes setores da segurança pública.
Meira é investigado por homicídio qualificado
A Polícia Civil concentra esforços na busca por Kainan Wesley Batista Meira, considerado um criminoso de alta periculosidade. Contra ele, já pesam inquéritos por homicídio qualificado, crime que, conforme o Código Penal Brasileiro, pode levar a uma pena de até 30 anos de prisão por vítima.
Além disso, a participação de Meira em pelo menos seis homicídios registrados na capital paranaense está sob investigação. As autoridades continuam a coletar provas e a ouvir testemunhas, enquanto aguardam a conclusão dos laudos periciais relacionados aos assassinatos atribuídos à quadrilha.

Investigações prosseguem com apoio do Ministério Público
O caso segue sendo conduzido em conjunto com o Ministério Público, que acompanha de perto o andamento dos processos e deve oferecer denúncia formal contra os suspeitos presos. A expectativa é de que novos desdobramentos surjam nas próximas semanas, à medida que as provas forem analisadas e novos mandados judiciais forem solicitados.
A Polícia Civil mantém canais de denúncia abertos para a população e reforça o pedido de colaboração para localizar o paradeiro de Kainan Wesley Batista Meira, considerado peça-chave para o esclarecimento de uma série de crimes que aterrorizam a Grande Curitiba.
(OBemdito com informações CGN e Banda B)