Rudson de Souza Publisher do OBemdito

Novo tem até segunda-feira para recorrer de decisão de cassação do mandato de Lucas Grau

Ação acusa o Novo de utilizar candidatura "laranja" para cumprir a cota de 30% de mulheres nas eleições

O parlamentar Lucas Grau segue exercendo suas funções enquanto aguarda definição jurídica (Foto Rede Social Lucas Grau)
Novo tem até segunda-feira para recorrer de decisão de cassação do mandato de Lucas Grau
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 11 de abril de 2025 às 11h36 - Modificado em 11 de abril de 2025 às 11h38

O vereador Lucas Gonçalves Grau (Novo) confirmou ao OBemdito, na manhã desta sexta-feira (11), que o partido foi notificado oficialmente da decisão judicial da 89ª Zona Eleitoral que determinou a perda do mandato do parlamentar e declarou inelegível por oito anos Juliana Clara Monico, também filiada ao partido, em Umuarama.

A 89ª Zona Eleitoral atendeu a uma ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo PSB, que acusou o Novo de utilizar candidatura “laranja” para cumprir a cota de 30% de mulheres nas eleições, conforme exige a Lei 9.504/97.

“Temos até segunda-feira (14) para entrar com um embargo ou recurso”, afirmou o parlamentar, que segue exercendo suas funções enquanto aguarda definição jurídica.

“Estou trabalhando normalmente, analisando mais de 230 reivindicações oriundas da Ouvidoria da Câmara”, disse, destacando ainda que pretende destinar R$ 200 mil oriundo de emenda para a educação já na próxima semana.

O partido ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. A convenção nacional do Novo, realizada nesta sexta em Curitiba, dificultou o acesso ao advogado Leandro Souza Rosa, responsável pela defesa. Questionado pelo OBemdito via mensagem, o profissional não respondeu até o fechamento desta reportagem.

Os argumentos da defesa

Ainda no processo movido na 89ª Zona Eleitoral, a defesa do Novo negou as acusações e afirmou que Clara realizou campanha efetiva, com distribuição de panfletos, ações via WhatsApp e participação em eventos. O advogado argumentou que a candidata usou recursos próprios e que a ausência de forte presença em redes sociais não caracteriza candidatura fictícia.

“Cada candidato escolhe os meios que considera mais eficazes. Juliana optou pelo contato direto com eleitores e material impresso”, disse Rosa nos autos.

O posicionamento do PSB

Rafael Marchiani Paião, advogado do PSB que moveu a ação, disse aguardar o recurso dos investigados para apresentar contrarrazões. “A sentença da juíza Sandra Lustoza foi bem fundamentada. Isso não é guerra política, mas aplicação da lei”, afirmou.

Atualização

Esta reportagem será atualizada caso haja manifestação oficial do Partido Novo ou de seus advogados, ainda nesta sexta-feira, principalmente no caso das ações a serem tomadas nos autos pelo Novo junto à Justiça Eleitoral. Confira mais detalhes sobre esse processo no OBemdito.

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