
Recém-nascida é salva por policiais após ser abandonada em sacola no lixo
A criança estava com o cordão umbilical e restos de placenta nos cabelos


Uma recém-nascida foi encontrada dentro de uma sacola plástica descartada no lixo, na manhã desta quinta-feira (10), no bairro CPA 4, em Cuiabá, Mato Grosso (MT). Segundo a Polícia Militar (PM), a bebê aparentava ter cerca de três dias de vida e foi resgatada após denúncias feitas por moradores da região.
Conforme relato dos policiais que atenderam a ocorrência, populares abordaram a viatura e informaram ter ouvido o choro de um bebê vindo de um depósito de lixo. Imediatamente a equipe se dirigiu ao local indicado e localizou a criança, que vestia roupas e ainda apresentava o cordão umbilical, além de restos de placenta nos cabelos.
Atendimento médico
Posteriormente ao resgate, a bebê foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro. No local, passou por avaliação médica e exames iniciais. A equipe médica constatou que a criança é do sexo feminino e pesa aproximadamente três quilos. Apesar das circunstâncias do abandono, seu estado de saúde foi considerado estável.
Na sequência, a Polícia Militar informou que a recém-nascida será submetida a exames complementares no Instituto Médico Legal (IML). Depois disso, ela será acolhida pelo Conselho Tutelar, que assumirá a responsabilidade de encaminhá-la para os cuidados previstos pela rede de proteção à infância.
Investigação e providências
Além do atendimento imediato à criança, um boletim de ocorrência foi registrado para formalizar o caso. Agora, a Polícia Civil será responsável por conduzir as investigações que deverão apurar as circunstâncias do abandono, bem como identificar os responsáveis pelo ato. Até o momento, nenhuma informação sobre os pais da bebê foi divulgada.
Entrega voluntária e direito à adoção legal
Em meio à comoção provocada pelo caso, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) reforça a existência de um projeto voltado para mulheres que não desejam ou não têm condições de criar seus filhos. A iniciativa permite que a gestante ou mãe interessada em entregar voluntariamente o bebê para adoção, antes ou logo após o nascimento, seja atendida pela Justiça da Infância e da Juventude.
Esse processo, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), visa proteger tanto a mulher quanto a criança. De acordo com as normas do projeto:
- A mulher é ouvida por uma equipe técnica capacitada, que oferece apoio psicológico e social;
- Todo o procedimento ocorre sob sigilo, garantindo a preservação da identidade e integridade das partes envolvidas;
- A entrega é acompanhada e autorizada pelo Poder Judiciário, assegurando legalidade e segurança;
- O bebê é encaminhado para adoção, sendo acolhido por famílias previamente cadastradas no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento.
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(OBemdito com informações Olhar Direto)