Rudson de Souza Publisher do OBemdito

Mulher é detida por agressão após arremessar garrafa térmica no ex-companheiro

A mulher pulou o muro da casa, onde estavam o ex-companheiro, de 39 anos, e a atual namorada dele

Durante a ação, duas crianças que estavam na residência ficaram assustadas com a situação (Foto AEN)
Mulher é detida por agressão após arremessar garrafa térmica no ex-companheiro
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 19 de abril de 2025 às 09h00 - Modificado em 19 de abril de 2025 às 09h08

Uma mulher de 40 anos foi detida na noite desta sexta-feira (18) após invadir a residência do ex-companheiro e agredi-lo durante um episódio de violência no Parque Danielle, em Umuarama. O caso foi registrado por volta das 22h53 e envolveu também ameaças e a presença de duas crianças no local.

Segundo a Polícia Militar, a mulher pulou o muro da casa, onde estavam o ex-companheiro, de 39 anos, e a atual namorada dele. Após invadir o imóvel, ela passou a proferir xingamentos contra o casal e, em seguida, arremessou uma garrafa térmica, atingindo o homem e causando um ferimento leve.

Durante a ação, duas crianças que estavam na residência ficaram assustadas com a situação. A autora foi localizada nas proximidades pela equipe policial, abordada e confirmou os fatos relatados.

As partes envolvidas manifestaram interesse em representar judicialmente. Todos foram encaminhados à delegacia para os procedimentos legais.

A invasão residencial, também conhecida juridicamente como violação de domicílio, é crime previsto no artigo 150 do Código Penal Brasileiro. Ela ocorre quando alguém entra ou permanece em casa alheia sem permissão, de forma clandestina, astuciosa ou contra a vontade do morador.

A pena para esse tipo de crime é de detenção de um mês a um ano, além de multa, podendo ser aumentada caso a invasão ocorra durante a noite, com uso de violência ou por parte de um funcionário público abusando da função.

A lei considera “casa” não apenas uma residência habitual, mas também locais como quartos de hotel ou pensão durante o período de uso legítimo, além de escritórios e consultórios privados. Assim, qualquer espaço destinado à habitação ou ao exercício de atividades privadas pode ser protegido por esse dispositivo legal.

Casos comuns de violação de domicílio envolvem ex-companheiros que entram em imóveis sem autorização após o fim do relacionamento, vizinhos que invadem propriedades durante conflitos, ou indivíduos que permanecem à força em locais de onde foram convidados a se retirar.

A infração pode ocorrer mesmo sem arrombamento — por exemplo, ao pular muros ou usar uma chave antiga. No entanto, se houver dano à propriedade com o objetivo de cometer furto, o crime será enquadrado de forma distinta, podendo configurar furto qualificado ou roubo, dependendo da presença de ameaça ou violência.

Em situações de invasão, a orientação é acionar imediatamente a polícia pelo telefone 190, evitar qualquer confronto físico e registrar um boletim de ocorrência. Reunir provas, como imagens de câmeras, fotos de danos ou testemunhos, também é importante para fundamentar a denúncia.

Em casos de reincidência, principalmente em contextos de violência doméstica, a vítima pode solicitar medidas protetivas de urgência junto à Justiça, com o objetivo de garantir sua segurança e impedir novas aproximações por parte do autor.

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