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Veículos que mais consomem combustível: conheça os 10 campeões de sede

Saiba quais são os 10 melhores amigos dos donos de postos no ranking da revista Auto Esporte com base em dados do Inmetro

Veículos que mais consomem combustível: conheça os 10 campeões de sede
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 1 de maio de 2025 às 14h21 - Modificado em 1 de maio de 2025 às 14h24

Em um cenário onde o preço médio da gasolina comum no Brasil orbita os R$ 6,33 e o do diesel não fica muito abaixo disso, a eficiência energética torna-se fator decisivo para muitos consumidores. Contudo, existe uma categoria específica de automóveis que não abre mão de ser os melhores amigos dos donos de postos. São os veículos que mais consomem combustível.

Um ranking feito pela revista Auto Esporte mostra os 10 veículos mais “beberrões” disponíveis no mercado nacional em 2025, baseando-se nos dados oficiais do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Para esta classificação, a equipe da publicação considerou apenas as versões menos eficientes de cada modelo e utilizou como parâmetro o consumo energético medido em megajoules por quilômetro (MJ/km). Assim, quanto maior este valor, menos eficiente é o veículo.

Ranking dos 10 veículos que mais consomem combustível

Mclaren 750s

10º) McLaren 750S
– Consumo energético: 3,46 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 5,9 km/l na cidade e 7,4 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: V8 4.0 biturbo central-traseiro de 750 cv e 81,6 kgfm de torque
– Preço estimado: cerca de R$ 4 milhões
Abrindo nosso ranking, o superesportivo britânico mostra que, apesar da engenharia de ponta, ainda há limites para a eficiência quando o objetivo principal é a performance extrema.

Mercedes Benz Gle 63 S

9º) Mercedes-Benz GLE 63 S
– Consumo energético: 3,48 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 5,9 km/l na cidade e 7,3 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: V8 biturbo 4.0 de 612 cv e 86,7 kgfm de torque
– Preço estimado: a partir de R$ 1.299.900
O SUV de alto desempenho da marca alemã impressiona tanto pelo luxo quanto pelo apetite por combustível.

Chevrolet Silverado

8º) Chevrolet Silverado
– Consumo energético: 3,48 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 6 km/l na cidade e 7,2 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: V8 5.3 aspirado de 360 cv e 53 kgfm de torque
– Preço estimado: a partir de R$ 573.590
A picape americana traz um dos poucos motores aspirados da lista, mas nem por isso economiza na hora de abastecer.

Ram 1500

7º) Ram 1500
– Consumo energético: 3,50 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 6 km/l na cidade e 7 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: 3.0 biturbo de 420 cv e 47,8 kgfm de torque
– Preço estimado: a partir de R$ 579.990
A imponente picape mostra que os utilitários de grande porte também têm seu lugar garantido entre os grandes consumidores de combustível do mercado brasileiro.

Bmw X6 M Competition

6º) BMW X6 M Competition
– Consumo energético: 3,53 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 5,7 km/l na cidade e 7,4 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: 4.4 V8 de 625 cv e 76,5 kgfm de torque
– Preço estimado: a partir de R$ 1.298.950
O SUV cupê bávaro combina performance extrema com design ousado, resultando em números de consumo igualmente impressionantes.

Porsche 718 Cayman Gt4 Rs

5º) Porsche 718 Cayman GT4 RS
– Consumo energético: 3,62 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 5,6 km/l na cidade e 7,1 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: 4.0 boxer de seis cilindros com 500 cv e 45,9 kgfm de torque
– Preço estimado: a partir de R$ 535 mil
O “irmão menor” da marca de Stuttgart prova que não é preciso um V8 ou V12 para figurar entre os mais gastões do mercado.

Porsche 911 Gt3 Rs

4º) Porsche 911 GT3 RS
– Consumo energético: 3,76 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 5,4 km/l na cidade e 6,9 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: 4.0 boxer de seis cilindros de 525 cv e 47,4 kgfm de torque
– Preço estimado: a partir de R$ 3,77 milhões
A versão mais radical do icônico esportivo alemão sacrifica a eficiência em nome da pureza mecânica e desempenho em pista.

Lamborghini Urus Performante

3º) Lamborghini Urus Performante
– Consumo energético: 3,77 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 5,4 km/l na cidade e 6,9 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: V8 4.0 biturbo de 666 cv e 86,7 kgfm de torque
– Preço estimado: cerca de R$ 4,3 milhões
O “touro” italiano ocupa o terceiro lugar do pódio com seu imponente motor V8 biturbo que, apesar da denominação “Performante”, não prioriza a performance energética.

Mercedes Benz Amg G63

2º) Mercedes-Benz AMG G63
– Consumo energético: 3,95 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 5,4 km/l na cidade e 5,2 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: V8 biturbo 4.0 de 585 cv e 86,7 kgfm de torque
– Preço estimado: a partir de R$ 1.989.900
O icônico SUV alemão apresenta a curiosa característica de consumir mais na estrada do que na cidade, algo raro no universo automotivo, ocupando a vice-liderança do ranking.

Ferrari Purosangue

1º) Ferrari Purosangue
– Consumo energético: 4,88 MJ/km
– Consumo (Inmetro): 4,1 km/l na cidade e 5,6 km/l na estrada (gasolina)
– Motorização: V12 6.5 de 725 cv e 73,1 kgfm de torque
– Preço estimado: a partir de R$ 7,4 milhões
O primeiro SUV da marca italiana lidera com folga o ranking dos mais “beberrões”, consumindo impressionantes 4,1 km/l em ambiente urbano – menos da metade do que muitos carros populares. Com seu monumental motor V12, este veículo prioriza desempenho e exclusividade muito acima da economia.

Consumo x Luxo: uma relação inversamente proporcional

Um dado interessante deste levantamento dos veículos que mais consomem combustível é que, com exceção das picapes americanas que figuram por volta dos R$ 570 mil, todos os demais veículos da lista custam bem mais de R$ 1 milhão, com o líder do ranking chegando a impressionantes R$ 7,4 milhões.

“Para os proprietários destes veículos, a preocupação com o consumo é praticamente inexistente. O que eles buscam é exclusividade, desempenho e status”, explica Roberto Meirelles, especialista em mercado automotivo de luxo.

Em tempos de crescente conscientização ambiental e busca por eficiência, estes dez veículos representam o extremo oposto da tendência global, mostrando que ainda existe um nicho específico do mercado onde o prazer ao dirigir e a exclusividade superam qualquer preocupação com a frequência de visitas ao posto de combustível.

Nota da redação: Este artigo utilizou como parâmetro os dados fornecidos pelo Inmetro, considerando apenas as versões menos eficientes de cada modelo para composição do ranking.

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