Infestação por Aedes aegypti em Umuarama supera limite aceitável pela OMS
Maior foco de larvas foi encontrado próximo à escola e igreja na região central da cidade; projeto com armadilhas será testado
Um novo levantamento realizado pelo Serviço de Vigilância em Saúde Ambiental de Umuarama apontou que a cidade registrou uma média de 1,7% de imóveis com presença de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
O índice supera o nível considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de até 1%.
O levantamento, concluído na última sexta-feira (9), abrangeu todas as regiões do município, divididas em 62 localidades. Em 42 delas, o índice foi zero.
No entanto, em outras 20 foram detectadas larvas, com destaque para o entorno da Escola Municipal Paulo Freire, próximo à Igreja São Paulo, onde 9,7% dos imóveis apresentavam infestação.
Outras áreas em situação de alerta incluem os parques Danielle, Jabuticabeiras e Dom Bosco, Jardim Belvedere, Alto São Francisco e a região próxima à Igreja São José Operário, com taxas entre 6,7% e 8,6%. Em 13 localidades, os índices variaram de 1,8% a 5,1%.
Segundo Regiani Santos, coordenadora da Vigilância Ambiental, as ações de enfrentamento já foram intensificadas nos bairros mais afetados.
Entre as estratégias está a implantação de armadilhas para capturar mosquitos adultos — conhecidas como “adultrampas” — com apoio de estudantes do curso de Biologia do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Serão instaladas 20 armadilhas e o monitoramento ocorrerá durante quatro meses, em um estudo piloto que busca medir a eficácia do método.
“Vamos comparar os dados coletados com os índices do Liraa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) atual e de duas coletas anteriores, para verificar se há queda no número de focos após o uso das armadilhas”, explicou Regiani.
A secretária municipal da Saúde, Lisbeth Scanavaca, destacou a importância do engajamento popular. “Mesmo com todas as ações da prefeitura, a colaboração da população é essencial para eliminar criadouros nos quintais e impedir o avanço do mosquito”, disse.





