
Deputados do Paraná pedem CPMI contra fraudes no INSS
O governo estima que 9 milhões de segurados foram afetados


Vinte e um deputados federais e dois senadores do Paraná já assinaram o pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta partiu da oposição, que formalizou o requerimento na última segunda-feira (12).
O objetivo da CPMI é apurar irregularidades envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, além de fraudes estruturadas dentro do órgão. O pedido já reúne as assinaturas necessárias, mas a instalação ainda depende de leitura em plenário pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
A iniciativa foi apresentada pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Entre os parlamentares paranaenses que assinaram o pedido estão nomes como Beto Richa (PSDB), Sargento Fahur (PSD) e Luciano Ducci (PSB).
Além deles, assinaram os deputados: Luísa Canziani, Reinhold Stephanes, Rodrigo Estacho, Luciano Alves (todos do PSD); Vermelho, Tião Medeiros, Dilceu Sperafico, Pedro Lupion e Ricardo Barros (PP); Luiz Carlos Hauly (Podemos); Felipe Francischini, Matheus Laiola, Padovani e Geraldo Mendes (União); Diego Garcia (Republicanos); Sergio Souza (MDB); Giacobo e Felipe Barros (PL).
No Senado, Sergio Moro (União) e Flávio Arns (PSB) também aderiram ao requerimento. A lista foi confirmada por levantamento da produção do programa Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan.
A discussão ocorre em meio ao aumento de denúncias de descontos não autorizados nos benefícios previdenciários. O governo estima que 9 milhões de segurados foram afetados e estão sendo contatados por meio do aplicativo Meu INSS para informar as irregularidades.
Segundo o Ministério da Previdência, os beneficiários prejudicados serão ressarcidos pelos valores descontados de forma indevida entre março de 2020 e março de 2025. O atendimento será ampliado com o apoio dos Correios, que devem disponibilizar suas 8,5 mil agências para registro das reclamações presenciais.
A pressão por apuração cresce, e a CPMI promete ser um dos principais focos do Congresso nos próximos meses.
(OBemdito com informações RICTV)