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Estátua de diácono é inaugurada em Pérola no dia em que completaria 90 anos

Pedro Lopes Vieira era conhecido pelo estilo de vida simples e franciscano

Estátua de diácono é inaugurada em Pérola no dia em que completaria 90 anos
Redação - OBemdito
Publicado em 15 de maio de 2025 às 16h21 - Modificado em 15 de maio de 2025 às 17h14

No dia 13 de maio de 2025, data em que a Igreja Católica celebra Nossa Senhora de Fátima, padroeira da cidade de Pérola (noroeste do Paraná), a comunidade local prestou uma homenagem ao diácono Pedro Lopes Vieira, conhecido como Pedrinho, que completaria 90 anos. A cerimônia foi marcada por emoção, fé e gratidão, reunindo fiéis, familiares e autoridades religiosas.

A ocasião também contou com a inauguração de uma estátua do diácono na Paróquia Nossa Senhora de Fátima. O monumento, idealizado pelo padre Leandro Carlos Broleze, busca preservar a memória de Pedrinho e seu trabalho pastoral desenvolvido ao longo de mais de seis décadas no município. “Foi um gesto de gratidão e reconhecimento por tudo o que ele representou para a cidade e a Igreja”, disse o sacerdote.

Natural de Felício dos Santos (MG), Pedro Lopes Vieira nasceu em 13 de maio de 1935. Desde cedo envolvido com a fé católica, ingressou no seminário ainda jovem. Em 1960, aos 24 anos, mudou-se para a então vila de Pérola, composta por poucas casas e muita mata. Lá se estabeleceu como um dos primeiros moradores e passou a atuar na vida pastoral junto a missionários franceses.

Foi o primeiro catequista da paróquia local, ajudou a formar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), foi ministro da Palavra e da Eucaristia e, mais tarde, ordenado diácono. Também teve atuação política como vereador entre 1973 e 1976, período em que os mandatos eram não remunerados.

Estátua de diácono
Foto e vídeo: Colaboração/Reginaldo rg44/Terezinha Angélica

Casado com Ivone Ferreira Assumpção desde 1974, teve quatro filhos — um deles falecido precocemente — e quatro netos. Em 2011, recebeu o título de Cidadão Honorário de Pérola.

Pedrinho era conhecido pelo estilo de vida simples e franciscano. Nunca fumou, nem bebia. Costumava percorrer quilômetros diariamente em sua bicicleta para visitar doentes, fazer bênçãos e arrecadar donativos. Sua atuação ultrapassava os limites da Igreja: era respeitado por católicos, evangélicos, espíritas e ateus. “Foi talvez o morador mais ilustre da cidade”, afirmou o colunista Joel Marques, que escreveu uma biografia resumida sobre ele.

O diácono faleceu em 26 de setembro de 2024, aos 89 anos. Seu velório e sepultamento reuniram milhares de pessoas, incluindo representantes de diversas denominações religiosas. O cortejo, a pé, saiu da Igreja Matriz e seguiu até o Cemitério Municipal.

A homenagem realizada nesta semana busca não apenas eternizar a imagem de Pedrinho, mas também inspirar novas gerações com os valores de fé, caridade e dedicação que ele cultivou em vida.

Familia Padre
Velorio Diacono Pedrinho

(OBemdito com informações Ana Paula/Joel Marques)

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