Rudson de Souza Publisher do OBemdito

Polícia Civil prende médica por aplicar remédio falso para emagrecimento

Profissional anunciava uso de Tirzepatida, mas aplicava outro fármaco sem informar pacientes

Médica é investigada por estelionato, propaganda enganosa e comércio irregular de medicamentos (Foto Polícia Civil)
Polícia Civil prende médica por aplicar remédio falso para emagrecimento
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 15 de maio de 2025 às 18h02 - Modificado em 15 de maio de 2025 às 18h02

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (15), uma médica investigada por estelionato, propaganda enganosa e comércio irregular de medicamentos para emagrecimento. A prisão foi realizada em Maringá, no Noroeste do Estado, após denúncias de que a profissional atuava de maneira clandestina em diferentes cidades da região, colocando em risco a saúde de pacientes.

As investigações começaram em Arapongas, no Norte do Paraná, onde boletins de ocorrência relataram que a médica anunciava tratamentos com o medicamento Tirzepatida — cuja venda é proibida no Brasil — mas, na prática, utilizava outro princípio ativo, de menor valor e composição diferente, sem informar as pacientes.

De acordo com o delegado Bruno Delfino Sentone, responsável pelo caso, também foram recebidas denúncias sobre a reutilização de seringas descartáveis e de canetas injetoras. A conduta foi classificada como grave pela polícia, por expor diretamente as vítimas a riscos sanitários.

Embora já estivesse com medidas cautelares decretadas pela Justiça da Comarca de Colorado — entre elas, a suspensão do exercício profissional por 90 dias —, a médica continuava atuando de forma clandestina, segundo a investigação. “Ela utilizava pessoas interpostas e promovia a entrega de medicamentos acondicionados em seringas, enviados diretamente às residências das pacientes”, afirma o delegado.

Durante a operação, além da prisão preventiva, agentes da PCPR cumpriram mandado de busca e apreensão em um consultório localizado em Sabáudia, onde a médica ainda mantinha atividades ilegais.

A polícia agora trabalha para identificar outras possíveis vítimas, apurar a participação de eventuais cúmplices e analisar os materiais apreendidos. A perícia nos medicamentos recolhidos deve esclarecer a composição dos fármacos utilizados.

(OBemdito com informações da Polícia Civil)

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