
Gripe aviária: comer carne de frango transmite a doença? Entenda os riscos
A confirmação do foco marca um ponto de atenção no monitoramento sanitário do setor avícola brasileiro


O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou nesta sexta-feira (16) o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial de aves no Brasil, localizada no município de Montenegro (RS). Até então, os registros da doença no país haviam sido identificados apenas em aves silvestres — aquelas que vivem soltas na natureza.
Com a confirmação, a área foi isolada e as aves remanescentes foram eliminadas como medida de contenção do vírus. A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul informou que irá investigar se há outros casos em um raio de 10 quilômetros da propriedade afetada.
Apesar da gravidade do episódio, o governo federal reforçou que não há qualquer restrição ao consumo de carne de frango ou ovos, uma vez que a gripe aviária não é transmitida por meio da ingestão desses alimentos.
O Ministério da Saúde também enfatiza que casos da doença em humanos são raros e, quando ocorrem, estão geralmente ligados ao contato direto e desprotegido com aves infectadas — como manuseio sem o uso de equipamentos de proteção, por exemplo.
Como ocorre a transmissão
A infecção em humanos se dá por meio da exposição direta ao vírus presente na saliva, secreções ou fezes das aves doentes.
A transmissão pode acontecer por inalação de gotículas contaminadas no ar ou pelo contato com superfícies infectadas, seguido de toque nos olhos, nariz ou boca.
Autoridades continuam monitorando a situação e reforçam que as medidas sanitárias de controle foram adotadas com rapidez, seguindo protocolos internacionais para evitar a disseminação do vírus entre criações comerciais.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, mantém seu status de país livre da influenza aviária em produção industrial — situação crucial para manter a confiança do mercado internacional.