Rudson de Souza Publisher do OBemdito

Major da PM é preso em operação do Gaeco que investiga esquema de corrupção no Noroeste

As investigações, iniciadas em setembro de 2024, apuram crimes como concussão, corrupção ativa e passiva e envolvimento de sete policiais militares

O major Alexandro Marcolino Gomes é comandante da 3ª Companhia Independente da PM (3ª CIPM), sediada em Loanda (Foto PMPR)
Major da PM é preso em operação do Gaeco que investiga esquema de corrupção no Noroeste
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 22 de maio de 2025 às 10h43 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 10h43

O Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio dos núcleos de Maringá e Umuarama do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta quinta-feira (22) a Operação Zero Um para desarticular um esquema de corrupção dentro da Polícia Militar em cidades do Noroeste.

A ação cumpriu um mandado de prisão preventiva, nove de busca e apreensão, sete de busca pessoal, um de monitoração eletrônica e três de afastamento de funções públicas.

Entre os alvos está o major Alexandro Marcolino Gomes, comandante da 3ª Companhia Independente da PM (3ª CIPM), sediada em Loanda, que foi preso preventivamente. Outro policial militar também foi detido. As ordens foram expedidas pela Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual e cumpridas com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná.

As investigações, iniciadas em setembro de 2024, apuram crimes como concussão, corrupção ativa e passiva e envolvimento de sete policiais militares que atuavam nas cidades de Loanda e Maringá. As diligências também ocorreram em Santa Isabel do Ivaí, Planaltina do Paraná e Sarandi.

Segundo o Gaeco, o major comandava um esquema estável e estruturado de cobrança de propinas, com o apoio de um operador financeiro. Ele é suspeito de usar o cargo para intimidar subordinados, alterar rumos de investigações e procedimentos disciplinares e influenciar transferências dentro da corporação.

As provas colhidas indicam que o recebimento de vantagens indevidas era prática rotineira na unidade, com registros de sucessivos pagamentos e uso de identidades hierárquicas para garantir o silêncio e a colaboração dos demais policiais.

A operação recebeu o nome “Zero Um” em alusão à forma como o oficial superior era tratado durante os repasses das propinas. O MPPR segue com as apurações, e os detidos foram encaminhados à Justiça Militar para os procedimentos legais.

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