
Da arte para a vida: professora Claudia é inspiração para centenas de alunos
A professora Claudia Lobato, de 47 anos, pinta, desenha, dança, ensina e, sobretudo, é uma apaixonada pela história da arte. […]


A professora Claudia Lobato, de 47 anos, pinta, desenha, dança, ensina e, sobretudo, é uma apaixonada pela história da arte. Ela divide a agenda com aulas em escolas estaduais de Umuarama – principalmente no Colégio Estadual Professor Paulo Alberto Tomazinho (Ceppat) e o atelier ‘Beijocas Coloridas’.
Claudia está em sala de aula desde os 15 anos, após concluir o magistério. É formada em artes visuais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e desde 2000 está na rede pública estadual.
Neste dia dos professores – o segundo em meio à pandemia do novo coronavírus – mais uma vez será felicitada de forma online. Todavia, para além do virtual, ela guarda inúmeros bilhetinhos e cartas de alunos, agradecendo pela sua dedicação.
Vanguardista, antes da necessidade empurrar o ensino para a internet, já mantinha atividades virtuais com os alunos. Em sala de aula, o pó do giz dá contornos para formação crítica dos alunos por meio da tarde.
Tornar os alunos público da arte é missão. Tarefa nem sempre fácil, sobretudo em momentos nos quais a disciplina teve carga reduzida por Ministério da Educação (MEC).
Educar crianças e adolescentes para apreciarem manifestações artísticas e, sobretudo, entenderem a história por trás de cada período demanda estudo contínuo, paixão e jogo de cintura.
No Ceppat, junto com professores de educação física e inglês, existe o tradicional ‘Night Show’, que encerra um trimestre de atividades interdisciplinares. Para estimular o envolvimento dos alunos com o mundo cultural – em períodos não pandêmicos – a educadora oferecia bônus de nota para alunos que entregassem relatórios apreciativos de eventos pré-selecionados.
DO OUTRO LADO
Quem ensina continua ensinando. Fora da sala de aula a professora continua sendo professora. Desta vez em meio às tintas e pincéis do atelier. As aulas de desenho ou pintura em telas custam R$ 160 mensais (duas horas semanais). Materiais ficam por conta dos alunos.
Pode-se começar do zero. Foi o que muitos fizeram ao longo da pandemia. Dar start a uma nova atividade e submergir no aprendizado é a proposta feita a muitos dos alunos na que estão matriculados no atelier.
Além disso, a professora segue de bicicleta pelas ruas de Umuarama, com o guarda-pó e bottons (sua marca registrada) e recebe feedbacks de ex-alunos que os deixam orgulhosos.

FAZ A DIFERENÇA
Diferente do que acontece nos filmes de TV, professores já não ganham maçãs vermelhas nesta data de 15 de outubro. A caixa de cartinhas e bilhetes revela sentimentos de crianças e adolescentes que foram impactados pela professora, posts e marcações nas redes sociais demonstram que a dedicação valeu a pena.
Alguns que também enviesaram para área artística, outros que são doutores e quem consiga reconhecer obras de arte e entende-las de forma crítica. “As aulas de artes servem para formar senso crítico. O aluno precisa ouvir a música e entender a letra, ver o filme e compreender o contexto”, defende.
Para ver as obras e conhecer mais sobre o trabalho da professora Claudia basta clicar aqui e seguir o Instagram.