
Vídeo mostra PCPR prendendo executor da Miss Altônia Bruna Zucco e Valdir Feitosa
O homem tatuou na mão uma mulher e chamas. De acordo com a PCPR, a tatuagem foi feita em referência à Miss Altônia

A Polícia Civil (PCPR) de Altônia divulgou um vídeo mostrando o momento em que é efetuada a prisão de um dos executores de Bruna Zucco Segantin e Valdir de Brito Feitosa. As imagens mostram os policiais chegando em uma casa, abrindo o portão, arrombando a porta e, por fim, prendendo o procurado.
O homem tem uma tatuagem na mão, cujo desenho é de uma mulher com algumas chamas. De acordo com a PCPR de Altônia, a tatuagem foi feita em referência à Miss Altônia.
A equipe cumpriu o mandado de prisão em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Lá também foi preso o mandante do duplo homicídio. Os agentes também cumpriram mais dois mandados de prisão nas cidades de Pato Branco e Palmas, na região sudoeste do Paraná.
Das cinco ordens judiciais, apenas uma não foi executada, contra o homem apontado como intermediador dos assassinatos. De acordo com a Polícia Civil, Eliezer Lopes de Almeida, de 47 anos, fez a ‘ponte’ entre o mandante e os pistoleiros. A PCPR de Altônia divulgou que ele é considerado foragido.
O cumprimento dos mandados de prisão neste sábado contou com participação das equipes da Delegacia de Polícia de Palmas e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre).

Operação Miss
A Operação Miss, encabeçada pela PCPR de Altônia, foi desencadeada neste sábado (7). O objetivo era realizar o cumprimento de cinco mandados de prisão e outros cinco mandados de busca e apreensão.
O delegado de Altônia, Reginaldo Caetano, informou que os alvos são apontados como mandante e executores do duplo homicídio que vitimou a Miss Altônia Bruna Zucco Segantin, na época com 21 anos, e o empresário Valdir de Brito Feitosa, de 30 anos.

Ambos foram mortos em março de 2018 e a polícia encontrou os corpos carbonizados na carroceria de uma caminhonete incendiada em uma estrada rural de Altônia. Antes de atear fogo nos corpos, os autores executaram as vítimas com disparos de arma de fogo, de calibre 38.
O caso gerou comoção nacional pela violência. Reginaldo Caetano informou que a PCPR de Altônia enfrentou vários empecilhos para desenvolver o inquérito. A investigação durou sete anos, sendo dificultada pelo incêndio do carro com os corpos e o desaparecimento de provas.
O delegado ressaltou que o crime foi motivado por uma disputa territorial entre o tráfico de drogas e o contrabando de cigarros na região de fronteira. Valdir era o alvo principal da execução. Bruna, segundo a investigação, foi morta apenas por estar em sua companhia, sem qualquer envolvimento com crimes.

Investigação da PCPR de Altônia
A investigação feita pela Polícia Civil indica que o mandante e um dos executores eram de Altônia na época dos fatos. Além disso, o inquérito identificou que o crime teve planejamento minucioso. Isso incluiu a contratação de um pistoleiro de outro estado, destruição de provas e coação de testemunhas.
O mandante é um homem de 39 anos. Os policiais o capturaram em um apartamento com porta blindada em Balneário Camboriú. A equipe precisou usar explosivos para entrar no imóvel. Os demais envolvidos têm 44, 43 e 26 anos.
“O principal executor (pistoleiro) foi contratado em Santa Catarina. Ficou morando em Altônia com todo suporte dado pelo mandante, chegou antes na cidade e aguardaram o dia melhor para pegar o Valdir, por infelicidade a miss estava junto”, disse Reginaldo Caetano.

Além do pistoleiro de Santa Catarina, os policiais prenderam hoje o outro executor de Pato Branco. E o intermediador entre os pistoleiros e o mandante, de Pato Branco, está foragido.
“A elucidação desse crime representa um dos desfechos mais importantes da segurança pública recente da nossa região. Trabalhamos todos esses anos com poucos elementos, mas com a firme convicção de fazer justiça”, afirmou o delegado Caetano.
Responsável pelo caso, Reginaldo Caetano divulgou um vídeo falando sobre a Operação Miss. Confira aqui.

