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Rejeição motivou assassinato de Raíssa, diz defesa de humorista que confessou o crime

O corpo da Miss foi encontrado no início da tarde desta segunda

Foto: Reprodução/Redes Sociais/BandaB/RICTV
Rejeição motivou assassinato de Raíssa, diz defesa de humorista que confessou o crime
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 10 de junho de 2025 às 15h49 - Modificado em 10 de junho de 2025 às 15h57

A defesa do humorista Marcelo Alves dos Santos, que confessou ter matado Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, afirmou nesta segunda-feira (10) que o crime não foi premeditado. Segundo o advogado Caio Percival, o cliente agiu sob “violenta emoção” após sofrer o que classificou como uma “injusta provocação” por parte da vítima.

O corpo de Raíssa foi encontrado no início da tarde desta segunda. De acordo com a Polícia Civil, a localização só foi possível após informações repassadas por Marcelo, que confessou o crime durante depoimento e apontou onde havia enterrado o corpo.

Em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, da RICtv, o advogado declarou que se trata de uma tragédia entre duas famílias. “Ele está muito abalado, mas decidido a responder pelo que fez. O crime não foi planejado”, afirmou.

A defesa alega que Marcelo permaneceu em casa durante os sete dias em que Raíssa foi considerada desaparecida. Ele só buscou apoio jurídico após ser intimado. “Ele nos procurou imediatamente após a intimação. Estava em casa, esperando”, disse Percival.

Redução de pena por emoção intensa

Para a defesa, o caso se enquadra no artigo do Código Penal que permite a redução de pena quando há reação a uma provocação injusta. “Estamos falando de domínio de violenta emoção. Isso pode ser considerado juridicamente”, afirmou o advogado.

O humorista teria demonstrado arrependimento e disposição para colaborar. “Ele veio por conta própria, confessou, indicou o local do corpo. Está emocionalmente fragilizado, mas cooperando”, declarou Percival.

Prisão e investigação do autor da morte da Miss Raíssa

A delegada Aline Manzatto, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirmou a prisão em flagrante por ocultação de cadáver. O pedido de prisão preventiva será feito com base na gravidade do caso.

“Com a confirmação da materialidade, lavramos o flagrante. O crime é permanente. A repercussão social também pesa na decisão”, disse Manzatto.

Marcelo nega ter cometido crime sexual. “Disse que não houve contato íntimo. Ele se disponibilizou a realizar exames para confirmar sua versão”, completou a delegada. A polícia segue investigando as circunstâncias do crime, que chocou a capital paranaense e provocou forte comoção nas redes sociais.

(OBemdito com informações Banda B)

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