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Caso Larissa Manoela: padrasto confessa ter matado criança com 16 facadas

A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Caso Larissa Manoela: padrasto confessa ter matado criança com 16 facadas
Stephanie Gertler - OBemdito
Publicado em 24 de junho de 2025 às 12h09 - Modificado em 24 de junho de 2025 às 12h10

O padrasto Diego Sanches confessou, nesta segunda-feira (23), o assassinato menina Larissa Manoela Santos de Lucena, de 10 anos, encontrada morta com 16 facadas no dia 12 de junho, dentro da casa onde vivia com a mãe Adenúzia Silva, em Barueri, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Segundo a pasta, o delegado responsável pelo caso solicitou a prisão temporária do suspeito.

Entenda o caso

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada na manhã do dia 12 para atender a um chamado que, inicialmente, indicava uma possível tentativa de suicídio. No entanto, ao chegarem ao local, os policiais encontraram a criança já sem vida.

Larissa apresentava múltiplos ferimentos provocados por arma branca. As facadas atingiram principalmente o pescoço, o rosto e o peito da vítima. A cena chocou os agentes que atenderam a ocorrência: o corpo da menina estava caído ao lado de um edredom encharcado de sangue.

Ataque durante o sono

Segundo os peritos que estiveram na residência, não havia sinais de arrombamento ou de luta corporal, o que reforça a suspeita de que Larissa tenha sido morta enquanto dormia. A menina estava vestida, e os primeiros levantamentos indicam que não houve violência sexual.

Relato da mãe da vítima

Adenúzia Silva, mãe de Larissa, prestou depoimento no mesmo dia. Ela contou que saiu para trabalhar por volta das 6h da manhã e que a filha ficaria sozinha em casa até o início da tarde, quando deveria ir à escola.

A mãe ainda relatou que a residência normalmente não ficava trancada durante o dia, o que poderia ter facilitado a entrada de terceiros. No entanto, afirmou não ter conhecimento de quem poderia estar envolvido no assassinato da filha nem sobre possíveis motivações.

Histórico familiar

Durante o depoimento, Adenúzia revelou que o pai biológico da menina tinha um histórico de comportamento violento, tanto com ela quanto com Larissa Manoela. Segundo a mãe, chegou a contar com medida protetiva preventiva contra o genitor por episódios anteriores de agressão.

As primeiras suspeitas, inclusive, recaíram sobre o pai biológico. Porém, a linha de investigação mudou de direção para o padrasto da menina.

Investigação policial

Desde o início das investigações, Diego já era tratado como um dos principais suspeitos. Câmeras de segurança da vizinhança registraram imagens de um homem usando sandálias semelhantes às do padrasto circulando próximo à casa da família na manhã do crime. A polícia também encontrou um bilhete em que ele pedia perdão à mãe da criança.

No primeiro depoimento, prestado no dia 13 de junho, um dia após o corpo ter sido encontrado, Diego negou envolvimento. O celular e um par de chinelos foram apreendidos com ele. O pai biológico da vítima relatou à polícia que o padrasto já havia feito ameaças à menina.

Tentativas de álibi

No dia 16 de junho, Diego foi novamente ouvido pela polícia e, mais uma vez, negou participação no assassinato. À época, afirmou manter uma boa relação com Larissa Manoela. “Não tenho nada a ver com isso. A gente brincava normalmente”, declarou à polícia.

Dois dias depois, em 18 de junho, ele prestou novo depoimento. Na ocasião, duas testemunhas tentaram fornecer álibis. Um homem alegou que Diego havia trabalhado em sua casa entre 15h e 18h do dia do crime. Já a filha da chefe de Diego disse que ele esteve no trabalho pela manhã. No entanto, imagens de câmeras de segurança mostraram o suspeito usando roupas diferentes pela manhã e à tarde.

Confissão e prisão

Nesta segunda-feira (23), ao fim do terceiro depoimento, Diego confessou o assassinato. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Segundo a pasta, o delegado responsável pelo caso solicitou a prisão temporária do suspeito e aguarda a decisão da Justiça.

Após admitir o crime, Diego foi encaminhado para o exame de corpo de delito, procedimento padrão antes da inclusão no sistema prisional. Ele será transferido para a Cadeia Pública de Carapicuíba, onde aguardará o andamento do processo.

Com a confissão do padrasto, a investigação agora se concentra em esclarecer as motivações do assassinato. A Polícia Civil ainda não divulgou detalhes sobre o que levou Diego a cometer o crime. A apuração segue em andamento.

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