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Estúdio de pole dance atrai mulheres que buscam bem-estar e melhora da autoestima

De bailarina clássica a empreendedora, a proprietária Samantha Oyama apostou nessa modalidade e, com investimento e zelo, consolidou o negócio

Samantha e a aluna Val, que se apaixonou pelo pole dance - Fotos: Danilo Martins/OBemdito
Estúdio de pole dance atrai mulheres que buscam bem-estar e melhora da autoestima
Graça Milanez - OBemdito
Publicado em 27 de junho de 2025 às 20h38 - Modificado em 28 de junho de 2025 às 08h13

Uma dança que é esporte, um esporte que é dança, isso é pole dance. Modalidade que exige muita flexibilidade e muito treino, disponível em Umuarama. Quem investe na novidade é a publicitária e bailarina Samantha Oyama, 34 anos.

Ela é proprietária do Planet Pole Dancing, estúdio que nasceu com a proposta de garantir um ambiente acolhedor e “empoderador”, preparado para a pessoa que pratica “se expressar e se fortalecer, física e emocionalmente”. 

O caminho de Samantha Oyama nas artes do movimento começou com sapatilhas e tutus. Formada em balé clássico, ela dedicou mais de vinte anos à prática dessa dança erudita e jazz dance; também exibe no currículo curso de pós-graduação em ensino de dança.

No entanto, quando pensou em empreender, decidiu trilhar uma rota menos convencional — e mais ousada. Ao abrir o Planet, rompeu barreiras e preconceitos em nome da expressão corporal.

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Realizada: Para Samantha, pole dance representa uma virada profissional

“Eu queria ter meu próprio negócio… Não tinha interesse por uma escola de balé; queria algo diferente, que fosse inovador, desafiador, então investi nesse nicho praticamente não explorado em Umuarama.”

Para ingressar nesse nicho de mercado, Samantha fez vários cursos e participou de muitas oficinas, em Curitiba, Florianópolis e Joinville [no maior festival de dança do mundo]. “Estou bem preparada e, sempre que surge oportunidade, continuo me atualizando, porque estou amando esse negócio”, enfatiza.

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Pole dance tem atraído mulheres de toda idade

Segundo Samantha, o pole dance – esporte que combina dança com acrobacias em torno de uma barra vertical – desafia os padrões tradicionais de dança, incorporando movimentos que exigem força, flexibilidade e equilíbrio.

“É uma atividade física completa, o que é muito bom para quem pratica”, assegura, acrescentando que as turmas no Planet são pequenas [máximo, quatro alunas], os horários das aulas são flexíveis e quem nunca fez, pode começar sem medo.

Tanto que o estúdio celebra quatro anos de trajetória com diversas alunas fidelizadas [entre elas, autistas, grávidas, mães e obesas] e agenda de aulas bem movimentada. [Embora esteja aberto a todos os gêneros, o público atual é exclusivamente feminino.]

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“Muitas procuram a atividade para melhorar a autoestima e a autoconfiança, outras buscam como meio de empoderamento ou para treinar a coordenação motora… São muitos objetivos”, esclarece Samantha.

Para ela, mais que um empreendimento, o estúdio representa uma virada pessoal e profissional. “É muito gratificante ver como a dança pode transformar não só o corpo, mas a confiança das pessoas! Nunca imaginei que trocaria o palco clássico por uma barra vertical, mas hoje não me vejo em outro lugar.”

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Samantha e Well, no Planet Pole Dance

Diversidade do pole dance motiva praticantes

No Planet Pole Dancing Samantha ministra parte das aulas. Atuam com ela outros dois instrutores, que compartilham sua visão de que a técnica vai muito além da estética sensual comumente associada à prática.

No entanto, essa característica também deve ser realçada, atenta o instrutor Wellinton Carvalho, 26 anos, o Well, que ensina, entre outras técnicas, o pole on heels ou pole no salto [ele foi aluno do Planet e, pela sua paixão, dedicação e estudos diários se qualificou como professor].

“O pole dance é sinônimo de diversidade, pois se manifesta em diferentes vertentes, atendendo a diversos objetivos, que incluem no rol a busca pela expressão artística e sensual … e é aí que entramos com o pole on heels“, avisa Well. 

Combinando técnicas da dança com a elegância dos saltos altos, essa vertente faz fluir a sensualidade e reforça a confiança por meio dos movimentos coreografados. “Ela valoriza a postura, o movimento e a expressão individual”, atesta Well, que também participa de campeonatos Brasil afora.  

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O instrutor Well, que também ministra aulas de pole no salto

Alunas recomendam: o que elas dizem

Valmides Carreira, 66 anos, a Val, é uma das alunas do Planet. Ela, que é portadora de distonia muscular [distúrbio do movimento que causa contrações involuntárias e repetidas], pratica há três anos.

“Uma amiga me indicou… Fiz uma aula experimental, gostei, comecei e não parei mais; posso afirmar que não saio mais daqui, nunca! Tem sido bom para o fortalecimento do corpo e para a mente… O pole dance anima a gente”, exclama Val.

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Feliz da vida: Val é uma das alunas fidelizadas

Augusta Rosa de Souza Luiz, 66 anos, concorda. “Eu faço Pilates, mas como amo dançar, resolvi também fazer pole dance… Achava que não iria conseguir, mas, para minha surpresa, toda aula aprendo uma coreografia nova… Estou muito feliz!”.

E para quem gosta de funk, tem também. O outro professor do Planet, Rodrigo Carvalho, ministra aulas de jazz-funk: “Essa modalidade não tem nada a ver com pole, mas é uma dança bem desafiadora! Ela mistura street dance com jazz… é muito interessante!”

== Saiba mais pelo Whatsapp 44 9 9137-0525

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Surpreendida: Augusta, que entrou no pole para aprender a dançar
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