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Trump sai em defesa de Bolsonaro e chama julgamento no STF de “caça às bruxas”

A crítica ocorre no momento em que o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF, é alvo de uma ação judicial nos EUA

Foto: Reprodução/Metrópoles
Trump sai em defesa de Bolsonaro e chama julgamento no STF de “caça às bruxas”
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 7 de julho de 2025 às 15h32 - Modificado em 7 de julho de 2025 às 15h32

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou a rede Truth Social nesta segunda-feira (7) para defender Jair Bolsonaro (PL) e criticar a Justiça brasileira. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Trump afirmou que o Brasil comete “algo terrível” ao manter processos contra o ex-presidente. Segundo ele, Bolsonaro está sendo perseguido de forma injusta. “Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, escreveu o presidente norte-americano.

Na publicação, Trump ainda classificou Bolsonaro como um “líder forte” e “negociador duro” em temas comerciais. Para ele, a atuação do STF contra o ex-presidente configura uma perseguição política, semelhante à que ele próprio afirma sofrer nos Estados Unidos.

Bolsonaro responde a acusações de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano ao patrimônio da União. O julgamento no STF deve ocorrer entre agosto e setembro, quando se encerram os prazos das alegações finais.

Trump declarou ainda que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022, foi “muito apertada” e disse que Bolsonaro agora “lidera nas pesquisas”. Ele concluiu pedindo o fim das ações judiciais: “Deixem Bolsonaro em paz”.

A crítica pública ocorre no momento em que o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF, é alvo de uma ação judicial nos EUA. A ação foi movida por duas empresas de mídia ligadas a Trump, entre elas a Rumble.

As companhias acusam Moraes de promover censura e perseguir críticos do governo Lula, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro Allan dos Santos.

O caso se intensificou após Moraes suspender a plataforma X (ex-Twitter) no Brasil por descumprimento de ordens judiciais. Parlamentares dos EUA já falam em possíveis sanções contra Moraes, com base na Lei Global Magnitsky. A Justiça norte-americana deu 21 dias para que Moraes responda formalmente à nova citação.

(OBemdito com informações Metrópoles)

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