
Mulher é acusada de usar substância corrosiva em partes íntimas de ex-companheiro
Ela aplicou o produto durante o ato sexual depois de uma briga com o homem


A Polícia Civil do Paraná indiciou uma mulher de 38 anos por lesão corporal grave. O crime ocorreu em 9 de junho de 2025, por volta das 9h, em Ponta Grossa. A vítima, um homem de 36 anos, sofreu queimaduras químicas graves nas partes íntimas.
Segundo o inquérito do 2º Distrito Policial, a mulher aplicou uma substância corrosiva durante ato sexual com o ex-companheiro. Ela teria alegado tratar-se de um estimulante sexual. O produto causou necrose tissular e exigiu cirurgia e enxerto de pele.
A vítima relatou que a ex-parceira foi até sua casa para discutir a posse de um celular. Durante a visita, houve discussão seguida de relação sexual. No momento do ato, ela teria usado o produto corrosivo de forma deliberada.
A mulher, por sua vez, apresentou versão diferente. Ela disse que foi coagida a encontrar o ex, que teria ameaçado difamá-la. Afirmou que houve relação sexual sem consentimento e que usou a substância para se defender. Alegou ainda que o produto estava no local e pertencia à vítima.
O casal manteve um relacionamento por cerca de quatro anos e meio. Já existem ao menos sete registros anteriores de conflitos entre os dois, incluindo ações penais e medidas protetivas. A polícia concluiu que houve desproporção entre a suposta agressão e a reação da mulher.
Segundo o delegado responsável, a aplicação de substância corrosiva não se justifica como legítima defesa. O inquérito aponta lesão corporal de natureza grave, conforme o artigo 129, §1º, inciso III, do Código Penal. A pena prevista é de reclusão de um a cinco anos. O caso agora está com o Ministério Público para análise e possível denúncia.
(OBemdito com informações ARede)