
Criança de apenas 3 anos seria amarrada e agredida em escola no PR
Caso veio à tona após repercussão de episódio com menino autista; professora teria enviado foto da criança ao pai


Um novo caso de maus-tratos a criança foi denunciado em uma escola particular de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, poucos dias após a repercussão do caso de um menino autista de 4 anos encontrado amarrado dentro de um banheiro da instituição. Desta vez, a vítima seria uma menina de apenas 3 anos, que teria sido amarrada a uma cadeira dentro da escola.
A denúncia foi divulgada pelo vereador Olizandro Junior (MDB) em suas redes sociais. Segundo ele, a imagem da criança amarrada foi enviada por uma professora ao pai da menina, em um episódio que teria ocorrido um dia após a visita do Conselho Tutelar à escola, quando flagraram a primeira situação de maus-tratos, na segunda-feira (7).
A autora da denúncia, que preferiu não se identificar, também relatou que a criança era levada para a secretaria da escola, onde o ambiente era trancado e ocorriam agressões físicas. Ainda de acordo com o relato, a pedagoga da unidade estaria envolvida diretamente nas ações de violência.
Apuração em andamento
Até o momento, a escola não se pronunciou oficialmente sobre o novo caso. A denúncia está sendo apurada pelas autoridades competentes, e deve ser incorporada à investigação já em andamento após o primeiro caso vir à tona.
O episódio alerta sobre violência institucional contra crianças, especialmente no ambiente escolar, onde se espera cuidado, acolhimento e proteção. O Conselho Tutelar, o Ministério Público e a Polícia Civil acompanham os desdobramentos do caso.
Maus-tratos a crianças
Maus-tratos contra crianças representam uma grave violação de direitos humanos com consequências devastadoras no desenvolvimento físico, emocional e social das vítimas.
Essas agressões podem se manifestar de diferentes formas, incluindo violência física (como bater, queimar ou sacudir a criança), abuso psicológico (humilhação, ameaças ou rejeição), negligência (falta de cuidados básicos com saúde, higiene ou educação) e abuso sexual.
No Brasil, esses crimes são tipificados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal, com penas que variam de multa a prisão, dependendo da gravidade.
Um dos aspectos mais alarmantes é que a maioria dos casos ocorre dentro de casa, cometido por familiares ou conhecidos, ou em instituições que deveriam proteger, como escolas e abrigos.
Sinais como machucados frequentes, mudanças bruscas de comportamento, medo excessivo de adultos ou regressão no desenvolvimento (ex.: voltar a fazer xixi na cama) podem indicar maus-tratos.
Crianças com deficiência ou condições específicas (como autismo) estão ainda mais vulneráveis.
Recentemente, casos como os de Araucária (PR), onde crianças teria sido amarradas em escolas, evidenciam a violência institucional, quando a agressão parte de profissionais ou sistemas que deveriam garantir proteção.
A omissão também é criminosa: profissionais de saúde e educação são obrigados por lei a denunciar suspeitas ao Conselho Tutelar, Ministério Público ou Disque 100 (canal anônimo e gratuito).
As consequências dos maus-tratos podem perdurar por toda a vida, incluindo depressão, dificuldades de aprendizagem e reprodução de ciclos de violência.
A prevenção exige políticas públicas eficientes, capacitação de profissionais e conscientização social.
Qualquer cidadão que testemunhar ou suspeitar de violência contra crianças deve denunciar, essa atitude pode salvar vidas.
OBemdito com informações do Bem Paraná