
Polícia apreende carvão ilegal em Mariluz e destina material à AMA de Umuarama
Mais de 130 kg foram encontrados sem origem comprovada e nota fiscal; responsável foi autuado e responderá por crime ambiental


Uma ação de patrulhamento ambiental da Polícia Militar do Paraná (PMPR) resultou, nesta quarta-feira (9), na apreensão de 136 kg de carvão vegetal de origem irregular, no município de Mariluz. O material estava sem nota fiscal e sem registro ambiental, o que configura infração à legislação vigente.
Segundo a Companhia de Polícia Militar Ambiental de Umuarama, a carga estava acondicionada em 13 sacos, totalizando 10,845 kg cada, e foi identificada durante uma fiscalização de rotina. O responsável pelo material foi autuado, recebeu uma multa ambiental e teve um termo circunstanciado lavrado e encaminhado ao Ministério Público.
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Doação solidária
Por se tratar de produto perecível, o carvão apreendido será doado à Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA) de Umuarama, conforme previsto nos protocolos de destinação ambiental da corporação.
A apreensão resultou nos seguintes encaminhamentos:
- 136 kg de carvão vegetal apreendido;
- 01 auto de infração ambiental lavrado;
- 01 Termo Circunstanciado de Infração Penal (TCIP) encaminhado ao MP.
A PM Ambiental reforça que ações de combate à exploração irregular de recursos naturais continuam em todo o estado e pede à população que denuncie práticas ilegais pelo telefone 181.
Danos à Mata Atlântica
A Polícia Militar Ambiental (BPMA) aplicou R$ 97 mil em multas e embargou 19,43 hectares de áreas protegidas na zona rural de Paranavaí, após constatar danos ambientais em reservas legais e em vegetação nativa em estágio inicial, pertencente ao bioma Mata Atlântica. A fiscalização ocorreu na segunda-feira (7 de julho) e foi conduzida pela equipe Rotam da 3ª Companhia do CPE, com sede em Umuarama.
Durante patrulhamento ambiental, os policiais identificaram três áreas de mata degradadas por conta da presença descontrolada de gado, que acessava livremente as áreas florestais. O constante pisoteio dos animais resultou na eliminação do sub-bosque e na ausência de serrapilheira (camada orgânica do solo), indicando desequilíbrio ecológico.
Das três áreas vistoriadas, duas pertencem a reservas legais de propriedades rurais. Nenhuma delas possuía cercamento adequado para conter o rebanho, o que facilitava o avanço da bovinocultura sobre os fragmentos de floresta.
Responsabilização
Os proprietários foram identificados, autuados e as áreas imediatamente embargadas. No total, foram lavrados:
- 03 autos de infração ambiental (AIAs), nos valores de R$ 2 mil, R$ 40 mil e R$ 55 mil;
- Embargo de 19,43 hectares de áreas degradadas;
- Encaminhamento de 03 ofícios ao Ministério Público.
A PM Ambiental reforça que reservas legais e vegetação nativa em estágio inicial no bioma Mata Atlântica estão protegidas por lei e que é responsabilidade dos proprietários zelar pela integridade ambiental das áreas. As fiscalizações seguem em andamento e denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 181.