Jaqueline Mocellin Publisher do OBemdito

Fábrica clandestina de cigarro com trabalho análogo à escravidão é desarticulada pela PF

Mandados de prisão e busca são cumpridos em três estados

Fotos: Assessoria PF
Fábrica clandestina de cigarro com trabalho análogo à escravidão é desarticulada pela PF
Jaqueline Mocellin - OBemdito
Publicado em 15 de julho de 2025 às 12h01 - Modificado em 15 de julho de 2025 às 12h01

A Polícia Federal (PF) de Guaíra deflagrou a Operação Chrysós e desarticulou uma fábrica clandestina de cigarro que explorava trabalho análogo à escravidão. As equipes da PF estão em campo em três estados: São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

A meta é cumprir sete mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva. Além disso, os agentes farão o sequestro de bens no valor de R$ 20 milhões 

De acordo com a PF, o objetivo é reprimir a prática dos crimes de redução à condição análoga à escravos, descaminho, crimes contra as relações de consumo e crimes contra registro de marca. Bem como, a fabricação de substância nociva à saúde e a promoção de migração ilegal. Por fim, a operação serve para combater o tráfico de pessoas para fim de trabalho forçado, todos delitos executados por organização criminosa transnacional.

A ação mobilizou policiais federais, além de servidores do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, no cumprimento de mandados expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra/PR.

Segundo as investigações, a organização criminosa recrutava cidadãos paraguaios por meio de contatos estabelecidos no país vizinho e os trazia ao território nacional para atuarem como mão de obra em uma fábrica clandestina de cigarros instalada no município de Ourinhos/SP.

Pf Desarticula Fábrica Clandestina De Cigarro Com Trabalho Escravo (3)

Investigação sobre a fábrica de cigarros

As diligências apontaram que os cidadãos paraguaios adentravam em território nacional via terrestre. Isso acontecia através da fronteira do Paraguai com o Paraná, principalmente a partir de Guaíra/PR. Em seguida, os integrantes da organização criminosa conduziam as vítimas até o local onde funcionava a operação clandestina.

Durante todo o período de produção na fábrica de cigarros, os trabalhadores permaneciam restritos às dependências do imóvel. Além disso, eles não tinham comunicação com o exterior, dormiam em alojamentos precários, em instalações insalubres e tinham exaustivas e ininterruptas jornadas de trabalho.

Estima-se que a capacidade de produção da planta industrial alcance, aproximadamente, 60 mil maços de cigarro por dia.

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(Informações: Assessoria PF)

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