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General bolsonarista assume autoria de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

O militar ainda confirmou que frequentou o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, após a derrota de Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/PR/RICTV
General bolsonarista assume autoria de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 25 de julho de 2025 às 09h56 - Modificado em 25 de julho de 2025 às 13h55

O general do Exército Mário Fernandes admitiu ao Supremo Tribunal Federal (STF) ser o autor do plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”. O documento detalhava um suposto plano de sequestro e assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Réu no núcleo 2 da investigação sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022, Fernandes afirmou que o plano era de cunho pessoal e seria entregue ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O general está preso desde novembro de 2023 e foi interrogado por videoconferência por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo.

Durante o governo Jair Bolsonaro, Mário Fernandes ocupou o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo ele, a decisão de imprimir o plano foi sua. “Determinei ao meu chefe de gabinete, Reginaldo Vieira de Abreu, que fizesse seis cópias. O objetivo era apresentar ao GSI”, declarou o general.

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O militar ainda confirmou que frequentou o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, após a derrota de Bolsonaro. Segundo ele, foi ao local como cidadão. “Achei importante que o povo apresentasse suas demandas sociais e políticas”, afirmou.

Fernandes defendeu os manifestantes que participaram dos atos em frente aos quartéis. Disse que muitos não tinham intenção golpista e apenas buscavam se reunir com outros “patriotas”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou o general como elo entre o grupo que planejava o golpe e o núcleo do governo Bolsonaro. A denúncia foi dividida em quatro núcleos. O primeiro, que inclui Bolsonaro, está na fase de alegações finais.

O julgamento dos réus do núcleo 2 está previsto para o segundo semestre. A ação penal já está na etapa de interrogatórios, uma das últimas antes da decisão sobre a condenação ou absolvição dos acusados.

(OBemdito com informações Agência Brasil e RICtv)

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