Rodrigo Mello Publisher do OBemdito

Conselho Federal de Medicina proíbe anestesia para tatuagens estéticas

A exceção se limita a procedimentos com indicação médica, como pigmentação da aréola mamária, em casos de câncer de mama

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Conselho Federal de Medicina proíbe anestesia para tatuagens estéticas
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 29 de julho de 2025 às 13h34 - Modificado em 29 de julho de 2025 às 13h34

O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de anestesia para tatuagens com finalidade apenas estética, independentemente do local ou tamanho do desenho corporal. A resolução, publicada nesta segunda-feira (28) no Diário Oficial da União, impede médicos de aplicar anestesia geral, local ou sedação em estúdios de tatuagem, mesmo que com autorização do cliente.

Segundo o texto, a exceção se limita a procedimentos com indicação médica, como pigmentação da aréola mamária após mastectomia, em casos de câncer de mama. Mesmo nessas situações, o procedimento deve ocorrer em ambiente hospitalar. A norma exige estrutura com monitoramento contínuo, equipamentos de suporte à vida e equipe treinada para eventuais complicações.

De acordo com o conselheiro Diogo Sampaio, relator da resolução, a medida responde ao crescimento do uso de sedação por médicos para tatuagens extensas ou em regiões sensíveis do corpo. Para o CFM, a prática representa risco à saúde pública. Segundo Sampaio, o uso de anestesia em tatuagens amplas facilita a absorção sistêmica de pigmentos e metais pesados, como chumbo, níquel, cromo e cádmio.

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Ele afirma que “qualquer ato anestésico envolve riscos importantes” e o uso do recurso para fins não terapêuticos desrespeita a lógica da avaliação entre risco e benefício. Além disso, estúdios de tatuagem não contam com estrutura adequada para a prática anestésica. A medida recebeu apoio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Em nota, a entidade alertou para os riscos do uso de anestésicos, mesmo em procedimentos simples.

A SBA reforça que o paciente deve passar por avaliação prévia e estar ciente de todos os riscos antes de qualquer aplicação. A prática segura, segundo a entidade, exige ambiente hospitalar, monitoramento e equipe preparada.

(OBemdito com informações Agência Brasil)

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