Rodrigo Mello Publisher do OBemdito

Fazendeiro é absolvido por legítima defesa em caso de homicídio em Tuneiras do Oeste

O Conselho de Sentença reconheceu a autoria do crime, mas entendeu que o acusado agiu para se defender

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Fazendeiro é absolvido por legítima defesa em caso de homicídio em Tuneiras do Oeste
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 09h40 - Modificado em 5 de agosto de 2025 às 10h34

Após quase um ano de processo, o fazendeiro Ésio Anísio de Souza, de 58 anos, morador de Juína (MT), foi absolvido das acusações de homicídio e uso de identidade falsa. A decisão foi proferida na segunda-feira (4), pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cruzeiro do Oeste.

A absolvição foi baseada na tese de legítima defesa, sustentada pela defesa técnica. O Conselho de Sentença reconheceu a autoria do crime, mas entendeu que Ésio agiu para se defender. Com isso, sua prisão preventiva foi revogada e ele foi liberado imediatamente.

O caso ocorreu em 14 de agosto de 2024, em Tuneiras do Oeste. A vítima, João José Pedroso, farmacêutico de 50 anos, foi morta a tiros dentro de seu estabelecimento comercial. O crime, de natureza passional segundo a investigação, causou comoção na cidade.

Leia também: Foragidos da Justiça são presos em bairros distintos de Umuarama

Segundo a polícia, o crime ocorreu por volta das 17h40. Após os disparos, Ésio fugiu da cena em um Fiat Strada prata, em direção à estrada das Três Porobas. A Polícia Militar de Mariluz interceptou o veículo ainda na noite do crime.

Durante a abordagem, os policiais apreenderam R$ 5 mil em dinheiro, um canivete e documentos falsificados. Inicialmente, Ésio apresentou identidade falsa, mas depois confessou o homicídio e revelou ter jogado a arma do crime na rodovia PR-180. O revólver calibre 357 foi encontrado sem munição. Após a prisão, ele foi encaminhado à 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, onde ficou detido até o julgamento.

Durante o júri, os advogados Wilton Silva Longo e Matheus Henrique Barbosa Lopes alegaram que o crime foi cometido em legítima defesa. O júri afastou a qualificadora de homicídio e optou pela absolvição. O juiz substituto, Altair Rodrigues Lopes Filho, acolheu a decisão e expediu o alvará de soltura. Familiares e amigos de Ésio receberam a decisão com alívio.

Participe do nosso grupo no WhatsApp e receba as notícias do OBemdito em primeira mão.

Mais lidas