
Vice-prefeita é denunciada por pagar “amarração amorosa” com dinheiro público
Juliana Maria Teixeira foi eleita vice-prefeita em 2020, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo na história


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou a vice-prefeita de Ribeira, Juliana Maria Teixeira da Costa (MDB), por improbidade administrativa e fraude em licitações. Ela é acusada de desviar R$ 41,2 mil de recursos públicos para realizar uma suposta “amarração amorosa”.
Segundo a Promotoria, a vice-prefeita teria usado dinheiro do Fundo Municipal de Saúde para pagar uma mãe de santo com o objetivo de conquistar o coordenador municipal de Saúde, Lauro Olegário da Silva Filho. A prática do ritual visaria afastá-lo da esposa e unir o casal.
Para viabilizar o pagamento, Juliana teria utilizado a empresa W.F. da Silva Treinamentos Ltda., de propriedade de William Felipe da Silva. A firma foi contratada para simular a prestação de serviços médicos e emitir nota fiscal falsa no mesmo valor do repasse.
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De acordo com a denúncia, o pagamento foi feito apenas 12 minutos após a emissão da nota fiscal. O valor foi repassado rapidamente a um terceiro, que teria encaminhado os recursos à responsável pelo ritual espiritual.
Além do desvio, o MP-SP afirma que Juliana e Lauro teriam montado um esquema para fraudar processos licitatórios no município. O objetivo seria beneficiar a empresa de William, com contratos públicos direcionados e sem concorrência legítima.
O advogado de William, Yuri Amaral Nazareth, disse que seu cliente mantém apenas relações profissionais com os envolvidos. Ele alega que a ausência de documentos se deve a problemas operacionais, e não a má-fé.
Juliana, de 42 anos, foi eleita vice-prefeita em 2020, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo na história de Ribeira. Natural de Jaguariaíva (PR), ela é assistente social, mãe de dois filhos, e já exerceu funções como secretária municipal de Saúde e chefe de Gabinete. Na eleição, declarou patrimônio de R$ 35 mil ao TSE. A vice-prefeita e os demais denunciados ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.
(Obemdito com informações RICtv)