
Casos de síndrome respiratória em crianças seguem altos no país, aponta Fiocruz
Vírus sincicial respiratório continua afetando menores de 2 anos; covid-19 volta a crescer no RJ e CE


Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associada ao vírus sincicial respiratório (VSR) continuam em níveis elevados na maioria dos estados brasileiros, especialmente entre crianças de até 2 anos. É o que aponta o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O levantamento semanal também indica avanço da covid-19 no Ceará e um novo crescimento dos casos no Rio de Janeiro. Na Bahia, o aumento das hospitalizações infantis e de adolescentes está ligado ao rinovírus.
Apesar do cenário de alerta entre os mais jovens, a Fiocruz observa tendência de queda nos casos de SRAG por Influenza A em idosos. No entanto, os níveis da síndrome respiratória entre pessoas acima dos 60 anos continuam de moderados a altos em estados das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste.
A pesquisadora Tatiana Portela, do InfoGripe, reforçou a importância das campanhas de imunização. “Como em alguns estados os casos de SRAG por Influenza A continuam altos, também é importante estar em dia com a vacina contra a gripe. E, especialmente para idosos e imunocomprometidos, é fundamental tomar a dose de reforço contra a covid-19 a cada seis meses”, alertou.
Vírus em circulação
Nas quatro semanas epidemiológicas mais recentes, os vírus detectados entre os casos positivos de SRAG foram:
- VSR: 44,7%
- Rinovírus: 34,6%
- Influenza A: 13,9%
- Sars-CoV-2 (Covid-19): 5,6%
- Influenza B: 1,5%
Entre os óbitos por SRAG, o Influenza A foi responsável por 51,6% dos casos, seguido pelo VSR (18,4%), rinovírus (18%), Sars-CoV-2 (8,1%) e Influenza B (2%).
Cenário nacional
No total, o ano epidemiológico de 2025 já registra 150.615 notificações de SRAG. Do total, 53,5% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 34,1% foram negativos e cerca de 5,9% ainda aguardam confirmação laboratorial.
Apesar dos números, o estudo mostra que, no panorama nacional, há sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e também no curto prazo (últimas três semanas). Ainda assim, o alerta se mantém, principalmente entre o público mais vulnerável.
OBemdito com informações da Agência Brasil