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Condenado a 86 anos de prisão, Jean Michel trabalha como auxiliar de pedagogia no presídio

Ex-comerciante sentenciado por matar a esposa, o sogro e a sogra em Umuarama, leva uma vida pacata no Complexo Médico Penal de Pinhais

Jean Michel, no tribunal do júri em Umuarama
Condenado a 86 anos de prisão, Jean Michel trabalha como auxiliar de pedagogia no presídio
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 13 de agosto de 2025 às 19h06 - Modificado em 13 de agosto de 2025 às 19h06

Jean Michel de Souza Barros, condenado a mais de 86 anos de prisão pelo assassinato da esposa, do sogro e da sogra em Umuarama, leva hoje uma rotina pacata no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Atualmente, trabalha como auxiliar de pedagogia, contribuindo para a reintegração de outros detentos. Conforme a Lei de Execução Penal, a cada três dias de trabalho, o preso reduz um dia de sua pena.

Um relatório obtido por OBemdito indica que Jean mantém bom comportamento, atua como mediador entre grupos e é ligado à religião. Ele se casou em uma igreja evangélica. Com formação em Administração de Empresas, o ex-comerciante também já trabalhou no serviço público, incluindo a 12ª Regional de Saúde.

Em 3 de março de 2024, Jean foi condenado pelas mortes de Antônio, Helena e Jaqueline Marra dos Santos, crime que ganhou repercussão nacional.

O juiz Adriano César Moreira determinou ainda o pagamento de R$ 450 mil em danos morais por vítima, mais R$ 17.050 em danos materiais, a serem repassados à juíza Eveline dos Santos Marra, filha e irmã das vítimas.

Não há informações de que os valores tenham sido pagos; pessoas próximas afirmam que todo o patrimônio foi usado para custear a defesa.

O crime ocorreu em 8 de agosto de 2021, Dia dos Pais, e foi descoberto no dia seguinte, quando a funcionária da família encontrou os corpos dos sogros na cozinha e na sala, e o de Jaqueline, com mais ferimentos, no quarto. Para o Ministério Público, a vítima teria lutado contra o agressor.

O advogado Giovanni Moro informou à Rede TV Sul que recorreu da sentença ao Tribunal de Justiça do Paraná e ao Superior Tribunal de Justiça, pedindo a anulação do julgamento. Desde então, não houve manifestações da família das vítimas nem novas movimentações no processo, além do trabalho que Jean desempenha no presídio.

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