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STF marca para 2 de setembro julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe

Ex-presidente e sete aliados são acusados de liderar trama para manter-se no poder após derrota eleitoral

Primeira Turma do STF reservou oito sessões para análise da ação penal 2668 (Foto Lula Marques/Agência Brasil)
STF marca para 2 de setembro julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 15 de agosto de 2025 às 16h44 - Modificado em 15 de agosto de 2025 às 16h45

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 2 de setembro o início do julgamento da ação penal que tem como réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado.

O processo, de número 2668, é considerado o mais avançado envolvendo a trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e atinge o chamado núcleo “crucial” do plano, composto por oito integrantes apontados como principais articuladores.

Segundo a denúncia do procurador-geral Paulo Gonet, com base em investigações da Polícia Federal (PF), Bolsonaro liderou, a partir de 2021, ações para desacreditar o sistema eletrônico de votação e criar ambiente favorável a uma ruptura democrática. O plano teria culminado nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Entre as provas apresentadas estão minutas de decreto para intervenção militar e rascunhos de operações denominadas “Luneta”, “Copa 2022” e “Punhal Verde Amarelo”, que previam até o sequestro e assassinato de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin.

Os réus são acusados de cinco crimes:

  • organização criminosa armada,
  • golpe de Estado,
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  • dano qualificado e
  • deterioração de patrimônio tombado.

As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

As sessões serão transmitidas pela TV e Rádio Justiça e pelo canal do STF no YouTube. Além de Zanin, participam do julgamento Alexandre de Moraes (relator), Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

As defesas negam a participação de seus clientes. A de Bolsonaro classificou a denúncia como “absurda” e de um “golpe imaginado”.

(OBemdito com informações da Agência Brasil)

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