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Vereadora exonera servidora após polêmica com cartilha sobre drogas

O material foi distribuído durante uma audiência pública

Giorgia Prates afirmou que não possui qualquer ligação com a autoria do material (Foto Rodrigo Fonseca/Câmara de Curitiba)
Vereadora exonera servidora após polêmica com cartilha sobre drogas
Rudson de Souza - OBemdito
Publicado em 19 de agosto de 2025 às 12h48 - Modificado em 19 de agosto de 2025 às 12h50

A vereadora Giorgia Prates (PT) exonerou uma servidora comissionada da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) nesta segunda-feira (18), em meio a repercussão de uma cartilha que trazia instruções para o uso de drogas.

O material foi distribuído durante uma audiência pública organizada pela vereadora Professora Ângela (PSOL) e apresenta o nome da ex-funcionária como responsável pelo texto.

O ato de exoneração foi publicado nesta segunda, mas com data retroativa ao dia 6 de agosto. A cartilha orientava usuários de drogas como crack e cocaína sobre práticas de “uso seguro”, como higienização de cachimbos e utilização de canudos individuais.

O conteúdo também incluía informações sobre LSD e cogumelos, e gerou protestos em plenário, além de uma representação formal apresentada pelos vereadores Bruno Secco (PMB) e Da Costa (União), que alegam abuso da atividade parlamentar e incentivo ao consumo de drogas.

Em nota, Giorgia Prates afirmou que não possui qualquer ligação com a autoria do material, ressaltando que a servidora exonerada estava cedida ao gabinete de Professora Ângela, conforme acordo entre vereadores da oposição, e que seu acompanhamento restringia-se a relatórios de frequência.

“As demais atividades da servidora ligadas ao PSOL extrapolam tal atribuição e não passaram pela minha ciência”, declarou.

A vereadora Ângela, por sua vez, defendeu a audiência pública, afirmando que o objetivo do material era discutir redução de danos como abordagem de saúde pública e acusou adversários políticos de distorcerem o conteúdo nas redes sociais.

Até o momento, a Câmara Municipal de Curitiba não se posicionou oficialmente sobre o caso.

(OBemdito com informações da RIC)

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