
Servidora relata ter visto duas jaguatiricas em Tapira; saiba como foram os encontros
Servidora relata que duas jaguatiricas foram vistas próximas a UBS e creche

Um filhote de jaguatirica foi flagrado na manhã desta quinta-feira (21) dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Tapira, município localizado a 65 quilômetros de Umuarama. O animal acessou a cozinha da unidade, surpreendendo funcionários, que chegaram a trancá-lo no local, mas em seguida abriram a porta e o deixaram sair.
Em depoimento a OBemdito, uma servidora – que trabalha em uma creche próxima e preferiu não se identificar – relatou ter sido a primeira a encontrar o felino. “Cheguei às 7h50 e encontrei a jaguatirica dentro da sala de aula. Me assustei e acabei assustando a mesma, que saiu correndo até a UBS e foi presa na cozinha”.
Segundo felino
A funcionária da creche também relatou a aparição de um segundo felino no local. “Poucos minutos depois vimos uma segunda jaguatirica que passou pela creche e subiu o muro da unidade de saúde, mas não conseguimos registrar porque correu depressa”, disse.

Ainda segundo a servidora, horas depois foi encontrado um gambá ferido próximo à creche. “Estava agonizando e todo machucado. Acreditamos que o felino tentou devorá-lo”. A funcionária pública destacou que um responsável foi acionado e, por sua vez, teria comunicado outras autoridades. “Ele disse que iria soltar porque era um ‘gato-do-mato’.”
Ações neste tipo de caso
O chefe do Escritório Regional do Instituto Água e Terra (IAT) de Umuarama, Luis Carlos Borges Cardoso, classificou como inadequada a decisão de liberar o animal sem acionar os órgãos competentes. “A Polícia Ambiental Força Verde ou o próprio IAT deveriam ter sido acionados para garantir o resgate seguro”, afirmou.
O IAT reforça que possui protocolos específicos para situações envolvendo grandes felinos em áreas urbanas e orienta que a população mantenha distância e acione imediatamente os canais oficiais, pelo telefone (44) 3623-2300. O envio de imagens auxilia na identificação da espécie e na resposta das equipes.
O órgão lembra ainda que a urbanização crescente em áreas de mata aumenta os encontros entre animais silvestres e a população. Para reduzir riscos, recomenda-se evitar andar sozinho em regiões de floresta, proteger criações rurais em currais iluminados e supervisionar crianças, especialmente no início da manhã e no fim da tarde, períodos de maior atividade dos felinos.