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Pegadas de onça-pintada são encontradas pelo IAT de Umuarama

As equipes seguem monitorando a região onde o animal foi visto por trabalhadores da usina na última quarta-feira (27)

Foto: IAT Umuarama
Pegadas de onça-pintada são encontradas pelo IAT de Umuarama
Luiz Fernando - OBemdito
Publicado em 2 de setembro de 2025 às 08h19 - Modificado em 2 de setembro de 2025 às 09h21

O Instituto Água e Terra (IAT) de Umuarama encontrou pegadas da onça-pintada (Panthera onca) filmada por trabalhadores da usina na tarde da última quarta-feira (27), entre Cruzeiro do Oeste e Tapejara. As equipes seguem em buscas pelo animal – que diferente da onça-parda (Puma concolor) nunca antes foi visto ou filmado na região.

OBemdito conversou nesta terça-feira (2) com Luiz Carlos Cardoso, gerente regional do IAT. Ele explicou que as equipes seguem monitorando a região e também orientando a população a informá-los caso noso avistamentos ocorram.

No primeiro dia em que foram ao local, as equipes encontraram pegadas da onça-pintada próximo ao local onde o vídeo foi feito. Entretanto, a geografia do local dificulta nas buscas. “Ali tem bastante mata, daí dificulta até achar algum vestígios dela”, explicou Cardoso. “Um bicho deste anda muitos km numa noite”, acrescentou.

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Filmagem

Na filmagem feita pelos trabalhadores da usina, é possível ver o animal em meio a uma plantação de cana, enquanto trabalhadores da usina o observam a uma certa distância. “Olha o tamanho do trem, bicho. Parece um bezerro”, diz o homem que fez a filmagem. Assista:

Na manhã de quinta-feira (28) Luiz Carlos Cardoso conversou com a pessoa que filmou a onça, e, como resultado, equipes foram ao local para iniciar o monitoramento. “Como é uma região de cana e as máquinas começaram a trabalhar naquela área, isso pode espantar ela por um tempo”, afirmou Cardoso, que completou dizendo que até o momento só há confirmação de um animal.

O técnico Vilson Simplício dos Santos também forneceu mais detalhes sobre o local de avistamento da onça. “Foi a 6 quilômetros do centro urbano Cruzeiro do Oeste, em uma fazenda”, relata ele, acrescentando que apesar da proximidade, não há risco para a população. “Não precisa criar pânico porque ela não irá ao centro atacar ninguém”.

Grandes felinos na região

Santos também explicou que onças-pardas (Puma concolor) são mais comuns na região, ocasionalmente responsáveis por ataques a rebanhos. Atualmente, o órgão está monitorando ataques a uma propriedade rural em Perobal, que já registrou ataques que resultaram no abate de aproximadamente 20 carneiros em um período de 3 meses. No último fim de semana, inclusive, os felinos abateram 4 carneiros na propriedade.

Santos explica que os ataques são também o resultado das queimadas que ocorreram no último ano, que afetaram o sistema de caça dos animais – que agora recorrem à alimentos em propriedades rurais. Além disso, nesta época do ano é o período em que elas começam a ter filhotes, o que demanda mais alimento e, por consequência, mais ataques. Há também avistamento de filhotes, que eventualmente são ensinados a caçar pelas mães.

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