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Umuarama: CPI da Covid segue com oitivas e mais três testemunhas foram ouvidas

A CPI da Covid entra em sua reta final e segue com o propósito de auxiliar nas investigações de provável […]

Maristela de Azevedo Ribeiro, Paulo Tunis Colucci e Eliane Trentini Pagnussat | Foto: Assessoria Câmara
Umuarama: CPI da Covid segue com oitivas e mais três testemunhas foram ouvidas
Redação - OBemdito
Publicado em 4 de novembro de 2021 às 18h50 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 19h16

A CPI da Covid entra em sua reta final e segue com o propósito de auxiliar nas investigações de provável desvio de recursos públicos do Fundo Municipal de Saúde, conforme apontamento da Operação Metástase.

Nesta quinta-feira (04) eram esperadas quatro testemunhas, porém, uma delas, Marlowe Gusmão, esposa de José Cícero Laurentino (ex-diretor de assuntos institucionais da Prefeitura de Umuarama – detido pela operação metástase), não compareceu à oitiva nem apresentou habeas corpus ou atestado médico que justificasse sua ausência.

A primeira testemunha foi a ex-servidora da Secretaria Municipal de Saúde, Maristela de Azevedo Ribeiro, que atuava como diretora de atenção primária até o mês de setembro deste ano. Ela também participou das fiscalizações do cumprimento dos decretos municipais em se tratando das medidas preventivas no combate ao Covid 19 as quais determinavam isolamento social.

Maristela respondeu a todas as indagações dos parlamentares, detalhando o funcionamento das atividades de sua diretoria assim como a fiscalização referente ao isolamento social.

A ex-diretora foi questionada sobre suposto parentesco com a Dra. Daniela de Azevedo, proprietária da Clínica Médica Daniela de Azevedo Silva. A médica é investigada pela Operação Metástase por suposto envolvimento nos desvios de recursos municipais e está detida por força das investigações.

Maristela de Azevedo Ribeiro destacou não ser a primeira vez que seu nome é associado à outra pessoa apenas pela possuírem o mesmo sobrenome. Ela foi veemente ao afirmar não possuir qualquer parentesco com a médica e que o esclarecimento público sobre a questão era um grande anseio seu.

Posteriormente foi ouvida a servidora da Secretaria Municipal de Saúde, Eliane Trentini Pagnussat, chefe de divisão da alta e média complexidade, que esclareceu como se deu a atuação da chefia durante a pandemia. Ainda de acordo com Eliane, recursos federais foram destinados à alta e média complexidade para atender demandas de pacientes acometidos pelo Covid 19.  

Outra informação importante repassada pela chefe de divisão, diz respeito ao montante de recursos destinados à área. Ao todo, Umuarama recebe R$ 4 milhões mensais para o atendimento em alta e média complexidade.

Esta área de atuação diz respeito ao conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade).

O último ouvido foi o motorista da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Paulo Tunis Colucci. Ele atua no transporte às vacinas do Covid 19 desde o início da imunização em Umuarama. Em seu depoimento, esclareceu o processo que envolve o transporte dos imunizantes, levando em conta os procedimentos estabelecidos pelos protocolos estadual e municipal.

Dentre as indagações, Paulo Colucci foi questionado se em algum momento transportou doses de vacina atendendo solicitação de servidores da Secretaria Municipal de Saúde. Ele confirmou que entre o final de janeiro e início de fevereiro (não soube precisar a data), atendendo solicitação da então secretária Cecília Cividini, transportou três doses do imunizante da Unidade de Saúde Bonfim até a Secretaria Municipal de Saúde.

A justificativa do pedido foi de que três servidores atuantes na Secretaria Municipal de Saúde não teriam sido imunizados e, que as doses eram destinadas a eles. Conforme Colucci, as doses estavam acondicionados em caixa térmica.

Ele teria deixado o conteúdo na mesa de Cecília Cividini, que no momento da entrega não estavam em sua sala. Colucci endossa que atendeu à solicitação da secretária, mas, que não pode dizer qual foi o destino das doses por ele entregues à secretaria.  

O depoimento de Paulo reforça as evidências apontadas pelo Ministério Público de que o prefeito Celso Pozzobom poderia ter furado a fila de vacinação e ter sido imunizado no período em que as vacinas eram destinadas aos profissionais de Saúde.

TERÇA-FEIRA

Na próxima terça-feira devem ser ouvidas outras três testemunhas as quais devem ser intimadas nos próximos dias. São aguardados: Arildo Gonçalves Ferreira – servidor da Secretaria Municipal de Saúde; Eduardo Gonçalves dos Santos – funcionário da empresa MGM e Marcleci Cristiane Benatti, que atua na vigilância epidemiológica do município.

(Reportagem: Assessoria Câmara)

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