
Suspeito de assassinar Maria Mônica, funcionária do Samu, é preso no Piauí
Ele era companheiro da vítima e sumiu depois do falecimento da técnica de enfermagem


Foi preso nesta segunda-feira (29), Devani de Souza Duarte, de 39 anos, acusado de ter assassinado a companheira, Maria Mônica Cajueiro, 35 anos, que era técnica de enfermagem no Samu. O crime aconteceu no dia 13 de setembro, em Perobal.
Maria Mônica já havia morado em Umuarama estava lotada na base de Cafezal do Sul e em princípio havia a suspeita de que se tratasse de suicídio.
Posteriormente, em outubro, a Polícia Civil (PC) mudou a linha de investigação e considerou que pudesse ter sido cometido um homicídio. O autor, de acordo com a família da vítima, seria o companheiro dela, que também trabalhava no Samu.
Logo após a morte da moça, ele deixou o Paraná rumo ao nordeste, o que aumentou a suspeita dos investigadores.
Nesta segunda, as equipes da 7ª Subdivisão Policial (7ª SDP) realizaram a prisão do acusado no Piauí. Ele foi ouvido por videoconferência pelo delegado responsável pelo inquérito, Gabriel Menezes.
Relembre o caso aqui.
Segundo apurado pela Civil, o suspeito e a vítima mantinham um relacionamento extraconjugal há seis anos e apenas recentemente o suspeito assumiu o seu relacionamento com Maria Mônica, deixando a ex-esposa e filhos. Apurou-se que haviam inúmeros conflitos entre a vítima e a família do suspeito.
Uma das testemunhas ouvidas na delegacia narrou que o suspeito confirmou a prática do crime em uma conversa logo após a morte da vítima.
De posse desses indícios, a Polícia Civil de Umuarama representou pela prisão temporária do suspeito, o que foi deferido pela Justiça. O mandado de prisão foi expedido no dia 27/10/2021 e desde então a Polícia Civil do Paraná e a Polícia Civil do Piauí realizam investigações para localização do suspeito.
Nesse período, algumas residências foram diligenciadas na cidade de Oeiras/PI, mas o suspeito não foi encontrado. Enfim, hoje, o suspeito se apresentou na delegacia de polícia do município de Oeiras/PI para apresentar sua versão, momento em que foi dado cumprimento ao mandado de prisão.
Ele foi interrogado pelo sistema de videoconferência e negou a prática do crime, afirmando que Maria Mônica praticou suicídio. Disse que Maria Mônica ameaçava matar sua filha e ex-esposa caso ele não assumisse o relacionamento com ela.
De acordo com a Polícia Civil, Maria Mônica chegou a jogar o seu veículo contra o veículo de Devani enquanto ele estava com sua filha no interior do carro.
Esses fatos ocorreram no município de Perobal, no dia 21/12/2020, e foram registrados em boletim de ocorrência. O suspeito reafirmou a todo instante que não praticou o crime e, inclusive, tentou reanimar Maria Mônica, pois ele já havia trabalhado no Samu por oito anos e tinha conhecimento de algumas técnicas de ressuscitação.
Ele disse que fugiu do município de Perobal porque foi ameaçado pela família da vítima. Que os familiares dela chegaram a invadir sua casa e retirar sua roupa a procura de marcas de uma possível briga com Maria Mônica instante antes da morte.
Em nota, a Polícia Civil esclareceu que “os primeiros laudos periciais elaborados pelo IML e pela Criminalística apontam que o estado em que a vítima foi encontrada no local de morte é compatível com a cena de suicídio. Diante disso, o delegado de polícia que conduz o caso requisitou um laudo pericial complementar, o qual já foi concluído e também aponta que as lesões encontradas na vítima são compatíveis com suicídio. O laudo complementar foi assinado em conjunto por dois peritos, do IML e Criminalística”.
Ainda em nota a PC disse que “esclareça-se, ainda, que a prisão cautelar do suspeito foi requerida em razão da sua fuga do município de Perobal, já que essa conduta prejudicou o andamento das investigações e o completo esclarecimento dos fatos. A Polícia Civil esclarece que na fase investigativa não há formação de culpa do suspeito, em especial porque os laudos periciais apontam compatibilidade com a cena de suicídio.
O suspeito segue preso à disposição da Justiça no Estado do Piauí pelo prazo de 30 (dias), podendo sua prisão ser renovada ou convertida em preventiva caso seja necessário para a continuidade das investigações.
Confira a entrevista com a irmã da vítima, Kátia Machado, dada a OBemdito no último dia 20 de outubro.
(OBemdito com assessoria de imprensa da Polícia Civil)