Luiz Fernando Publisher do OBemdito

Estudantes da UEM de Umuarama se posicionam contra aulas remotas

Decisão foi tomada três dias após o retorno da modalidade presencial

Estudantes protestam em Maringá em favor das aulas presenciais | Imagens: Divulgação
Estudantes da UEM de Umuarama se posicionam contra aulas remotas
Luiz Fernando - OBemdito
Publicado em 22 de janeiro de 2022 às 09h46 - Modificado em 22 de maio de 2025 às 14h35

A Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) publicou um decreto nesta quarta-feira (19) no qual suspende as aulas presenciais, com exceção das disciplinas de prática profissionalizante. A decisão foi tomada três dias após o retorno da modalidade presencial nesta segunda-feira (17), depois 715 dias com aulas na modalidade de ensino remoto. Estudantes da UEM, inclusive os alunos do campus de Umuarama, discordam da medida.

O decreto foi dado após uma reunião da Reitoria com o Grupo de Trabalho Técnico de Enfrentamento à Covid-19, que fez uma análise e julgou altos os dados de positividade e ocupação de UTI adulto. Segundo o grupo, os índices apresentados indicam um risco preocupante de contágio de Covid-19 entre alunos e profissionais da universidade.

A decisão gerou revolta por parte da população e dos estudantes de graduação, que protestaram no bloco da reitoria, em Maringá, e foram ouvidos por mais de seis horas pelo reitor, Júlio Cesar Damasceno, além de parte da administração da Universidade.

Porém a discordância não se concentrou somente em Maringá e extrapolou para as cidades dos outros polos, incluindo Umuarama, que se manifestou através de uma carta aberta do Centro Acadêmico Umuaramense de Agronomia (CAUA) destinada aos membros da universidade, onde expõem a insatisfação com a medida, alegando que a Capital da Amizade se encontra em bandeira verde (risco baixo de contaminação), e contrapondo a possível injustiça de uma medida geral, tomada com base nos dados de Maringá, não Umuarama.

Também houve insatisfação nas redes sociais. Circulam em grupos e redes sociais fotos onde colocam em debate o fechamento das aulas presenciais, ao mesmo passo que bares, festas e viagens continuam sem o mesmo freio de contágio.

A indignação também se dá, segundo os alunos, devido ao fato de que parcela dos estudantes que se programou para o retorno presencial se prejudicou, pois alguns não residem nos polos que estão matriculados, gerando um prejuízo inclusive financeiro.

Os estudantes de graduação, além de divulgarem a carta aberta, também apresentaram um ofício nesta sexta-feira (21) contendo a proposta de retorno presencial. Até o momento a medida continua sem previsão de alteração.

Confira a íntegra o que diz a carta do Centro Acadêmico Umuaramense de Agronomia:

(Com Assessoria)

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