
Mãe carrega filho cadeirante do terminal até em casa após demora do ônibus
A redução dos horários do transporte coletivo de Umuarama está provocando uma série de transtornos aos usuários. Por falta de […]


A redução dos horários do transporte coletivo de Umuarama está provocando uma série de transtornos aos usuários. Por falta de ônibus, uma mãe levou o filho cadeirante a pé no sol por mais de meia hora do terminal rodoviário até o Bairro Jardim San Martim I.
“Tive que buscar um remédio para meu filho que sofre de convulsões. Como acabei perdendo o ônibus das 9h05 teria que esperar o próximo até às 11h45, mas isso era impossível porque ele tinha viagem de consulta marcada para São Paulo. Foi, então, que resolvi levá-lo a pé, no sol forte para casa”, contou a dona de casa Inês Rossini Bergamo.
Desde a mudança dos horários de transporte iniciada na segunda-feira (14), as reclamações como da dona de casa Inês Rossini Bergamo têm sido constantes. Diante da situação, os vereadores de Umuarama Ana Novais, Cris das Frutas, Ednei do Esporte; Fernando Galmassi, Mateus Barreto e Sorrisal se reuniram com representantes do Procon, Prefeitura Municipal e Viação Umuarama com a intenção de resolver o problema.
Vereadores se reúnem com a empresa de transporte
A reunião convocada teve como propósito analisar quais os fatores levaram à Viação Umuarama a reduzir os horários de circulação de seus ônibus no contexto urbano. A Câmara aprovou diversos projetos como forma de garantir incentivos à empresa, como aumento de 4 para 6 anos no prazo de vida útil dos veículos, assim como o repasse mensal de subsídio de R$ 70 mil pela Prefeitura.
A condição firmada entre Município e a prestadora do serviço de transporte coletivo era que a empresa mantivesse seu cronograma habitual de circulação, além de ter de se reunir com o Poder Público Municipal antes de tomar qualquer decisão sobre alterações de linhas e horários, o que não aconteceu com a última mudança feita pela Viação Umuarama, que foi notificada à Umutrans às 17h30 da última sexta-feira (11), véspera do vigor dos novos horários.
Crise
No encontro, os representantes da Viação Umuarama salientaram o momento difícil atravessado pela empresa que, segundo eles, possui dívidas de impostos, repasse de fundo de garantia aos funcionários, folha de pagamento e uma grande dívida com o fornecedor de óleo diesel.
A empresa destacou também que o subsídio mensal repassado pelo município representa apenas de 20 a 25% do que seria necessário e que o transporte gratuito de estudantes, idosos e demais cidadãos beneficiados com gratuidade do serviço representa de 40 a 50% dos usuários.
Os vereadores também falaram com o gerente da Viação Umuarama, Hilton dos Santos Cardoso, à viva voz, por meio de ligação telefônica. Ele endossou a situação relatada pelos colegas da empresa e afirmou ser muito difícil o retorno dos horários habituais por conta da realidade da situação econômica.
Decisão
Para que fosse possível chegar a um consenso que seja viável para a Viação, e especialmente para a população, vereadores e secretários municipais propuseram que a empresa providencie toda a documentação referente ao levantamento de lucro bruto e líquido, despesas e dívidas, para que sejam estudadas as possibilidades. Uma nova reunião será marcada na Prefeitura.


