
Tia com bebê que ficou preso na enxurrada faz relato emocionante
"Na hora do desespero, ela (bebê) olhava para mim e ria. Isso me deu forças para suportar tanto medo e angústia"


O mais recente temporal registrado em Umuarama, na terça-feira passada (22), ainda está vivo na memória de Fátima Aparecida Venâncio Frioli. Ela estava com a sobrinha de três meses no colo quando a chuva forte veio e provocou uma forte enxurrada, no centro da cidade.
O carro em que Fátima e a pequena Maria Cecília estavam ficou inundado, deixando a dona de casa desesperada. “Nós fomos até um laboratório e logo que chegamos começou a chover. Não achei que seria tão forte, mas aos poucos vi aquela água tomando conta do carro e eu só pensava na minha sobrinha”, contou Fátima Aparecida.
Na hora do desespero ela não conseguia falar com a equipe do Corpo de Bombeiros, mas depois de inúmeras tentativas foi possível o atendimento. “O carro foi arrastado e aquela água toda ia tomando conta. Eu só conseguia pensar no pior, mas rapidamente os bombeiros chegaram e conseguiram retirar minha pequena e entregaram ela para a madrinha, que estava do outro lado”, lembrou.
Fátima contou a Obemdito que ainda revive com as cenas de horror e medo. “É impossível eu fechar os olhos e não ver aquela cena terrível. Essa menina é tudo em minha vida e eu não teria estruturas para suportar se o pior tivesse acontecido.”

Emocionada e com lágrimas nos olhos, a dona de casa não esconde o amor e o carinho em carregar nos braços a pequena Maria Cecília. “Os bombeiros chegaram e retiraram a bebê do carro tomado pela enxurrada. Eu temia por um afogamento. Um segurança que passava pelo cal tirou a jaqueta e embrulhou a nenê. Por sorte, ela não pegou nenhum resfriado. Na hora, ela estava apenas de fralda e isso me deixou ainda mais preocupada. Mas Deus cuidou de tudo”.
Fátima afirmou que só tem motivos para agradecer. “Na hora do desespero, ela (Maria Cecília) olhava para mim e dava risada. Isso me deu forças para suportar tanto medo e angústia”.

“Eu tenho muita gratidão a Deus, porque cuidou de cada detalhe. Ele não permitiu que nada de grave viesse acontecer”, relatou a tia, emocionada.