
Motogirl: Mulheres e motos, relação cada vez mais comum nos dias atuais
Profissão promissora e cada vez mais em alta entre mulheres que buscam oportunidade de trabalho


Elas são umuaramenses apaixonadas por motocicletas e encontraram na paixão a oportunidade de trabalho. Giovana e Adriana são motogirls e sobre duas rodas percorrem Umuarama fazendo delivery. Foi exercendo esta profissão que ambas encontraram boas alternativas de renda.
Como em qualquer outra profissão essa também tem seus desafios, ainda mais quando se trata de mulheres na boléia. ‘’Desafio é tentar ser como os meninos que fazem o mesmo trabalho que a gente. Aprender as rotas na cidade é uma das dificuldades e depois que conhecemos, vamos embora”, destacou Giovanna Cristina Abe.

Com a chegada da pandemia os trabalhos de motoboys e motogirls ganharam ainda mais destaque e importância é que, com as restrições, às pessoas não podiam sair e tudo que precisavam, lá estavam eles com os cuidados e toda entrega em casa. “Cresceu bastante ,só nós podíamos trabalhar, então isso foi a oportunidade para muitas pessoas que estavam em uma busca de trabalho”, lembrou Gioavanna.
Gioavanna está otimista com a tarefa que executa. Do trabalho de motogirl ela tem colhido muitos frutos. “Eu trabalhava em dois empregos, cheguei a conciliar com as entregas, mas ser motogirl me abriu as portas e hoje eu trabalho exclusivo em um açaí da cidade e estou ganhando bem”, ressaltou.
E não é só a Giovanna que tem tido resultados positivos com a profissão. A Adriana Gonçalves Martins, também viu sobre duas rodas a oportunidade para não ficar desempregada.
‘’Eu comecei a fazer pequenas entregas e depois deu muito certo. Eu já cheguei a fazer 40 entregas em um único dia e isso me deixa muito feliz”, contou Adriana a reportagem de OBemdito.

Elas são vistas com bons olhos pela sociedade. ‘’Tem lugares que vou fazer entregas e as pessoas ficam surpresas quando veem que é uma mulher. A gente recebe elogios em muitas vezes e isso me deixa muito feliz”, contou Adriana.
Adriana quis aumentar a renda e foi vendo os amigos, que ela se apaixonou na profissão. ‘’Eu estava trabalhando, mas queria aumentar minha renda e busquei em cima de duas rodas um lucro mensal na minha renda pessoal”, ressaltou.
A sensação de prazer, liberdade e independência são características descritas pelas duas motogirls que não conseguem mais se ver distante dessa profissão. ‘’É muito gratificante, é muito bom, eu não consigo me ver fazendo outra coisa agora. Estar sobre duas rodas me proporcionou muitas e muitas coisas boas. Estou muito feliz e realizada”, contou.

Mas no meio do caminho nem tudo são flores. Querendo ou não a mulher ainda sofre algum tipo de preconceito quando exerce atividades mais voltadas e relacionadas aos homens. Mas isso só as tornam mais valentes e mais determinadas. ‘’Ser motogirls é uma coisa que todo mundo acha legal, mas às vezes é meio chato. Por ser mulher, recebemos cantadas, piadinhas e brincadeiras sem graça. Isso nos coloca para baixo muitas vezes. Eu já recebi chacota de clientes, mas isso não me fez desistir, contou Giovanna.
Em Umuarama há outras mulheres executando também esse tipo de tarefa e isso faz refletir que a mulher pode estar onde ela quiser e fazendo o que lhe agrada. Desde que exercido com maestria e louvor.