
Jovem atropela e mata a namorada durante brincadeira perigosa de casal
Rafael e Mariana voltavam para casa quando ela decidiu subir no capô do carro em movimento, enquanto Rafael dirigia, mas ele se descontrolou e bateu no meio-fio


O jovem Rafael de Souza Carrelo, 19 anos, disse em seu depoimento à Delegacia da Mulher que não discutiu com a namorada, Mariana Vitória Vieira Lima, também 19 anos, e que morreu atropelada por ele na madrugada deste sábado (15), na avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande-MS.
Carrelo afirmou que ambos estavam brincando e que antes dela subir no capô do carro enquanto ele dirigia, foi ele quem estava sobre a parte frontal do veículo e ela dirigindo. Disse ainda que perdeu o controle do carro ao bater no meio-fio e que nisso acabou colidindo em um poste.
Feito teste do bafômetro, ele apresentou teor de 0,89 miligramas de álcool por litro de sangue, o que configura crime de trânsito e indica que ele estava bêbado no momento do acidente. Ele confessou ainda à polícia que quando adolescente já respondeu por ato infracional de dirigir embriagado.
Estavam juntos havia 4 meses, sem discussões
Em parte do interrogatório, Rafael contou ainda que namorava Mariana há cerca de quatro meses e que não haviam discutido. Na noite de sábado, às 9 horas, eles foram em uma festa de aniversário na casa de um amigo dele, onde ingeriram vodka com energético.
Por volta das 3h15, mesmo com o toque de recolher em vigor, o casal saiu da festa e foi para a casa de Rafael Carrelo, usando um aplicativo de carona. Chegando na residência, resolveram então pegar o carro e irem até uma lanchonete, que estava fechada, e novamente e voltariam para a casa de Rafael.
Brincadeira de subir no capô do carro
No trajeto, entretanto, eles resolveram “brincar” subindo no capô enquanto um deles dirigia.
Nisso, em uma curva, Rafael perdeu o controle do carro, que saiu da pista, bateu em uma árvore e então em poste de energia, parando cerca de 30 metros à frente. O jovem disse que em seguida viu a vítima caída, a pegou nos braços, levou até o asfalto e começou a gritar por socorro.
Policiais que atenderam a ocorrência contaram que ele chorava muito com Mariana nos braços durante a abordagem.
Jovem está inconsolável
Fiança não foi arbitrada a ele porque a soma da pena pelos dois crimes pelos quais começa a responder – conduzir embriagado e feminicídio – passa de quatro anos caso chegue a ser condenado.
Até segunda-feira, quando será realizada a audiência de custódia, Rafael permanecerá preso na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Mariana era natural de Amambai, onde será realizado seu sepultamento, neste domingo (16).
COM INFORMAÇÕES DO CAMPO GRANDE NEWS.